No trimestre do Alentejo 2016 passou pela mesa este tinto de 2012. Foi elaborado pelo produtor com o mesmo nome e enologia de Susana Estéban, da zona de Montargil. Identifica algumas das castas mais utilizadas atualmente na região: Touriga Nacional, Syrah e Alicante Bouschet. O preço fica abaixo dos €10,00.
Gostei muito do vinho, que me despertou uma sensação interessante. Enquanto acompanhava mais um belo almoço de domingo, a minha atenção focou na frescura e na presença notória de taninos (muito amigáveis) E lá refletia que não se enquadrava no perfil mais tradicional Alentejano - maduro, concentrado, muito redondo - quando olhei para o mapa confirmei que Montargil fica na zona Norte do Alentejo (Ponte de Sôr) e, note-se, a norte de Lisboa. De facto, o vinho mostrava características (aromas, presença de boca, etc...) que encontramos muito facilmente na região do Tejo, o que não é de admirar, face à localização geográfica.
Mais do que o lado muito agradável do vinho, foi um momento em que comecei a olhar para o Alentejo de outra forma, mais sensível à geografia e aos diferentes Alentejos que esta região em mudança tem para nos dar a conhecer.
Vinho | Restrito | |
Tipo / Ano | Branco 2012 | |
Castas | Viosinho, Rabigato | |
Região | Douro | |
Produtor | Restrito, Produtos Vinícolas | |
Aspecto | Amarelo citrino | |
Nariz | Mineral, citrinos | |
Boca | O ataque é suave e fresco. Na boca sentimos corpo médio, boa frescura. Mostra a acidez do Douro, vincada mas equilibrada. Termina médio, seco, fresco e cítrico. | |
Opinião | Bom | |
Data Prova | Dezembro 2013 | |
Preço |
Gostei do vinho logo nos aromas, onde se identifica o perfil Duriense. Na boca, a frescura confirma o caráter e apenas o final limonado dá um toque mais transversal. Um vinho fresco e seco, a pedir comida a acompanhar.
Como vou recordar este vinho?
Agradável, seco, com o caráter do Douro a mostrar-se