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Sexta-feira, 1 de Abril de 2016

Herdade das Servas Touriga Nacional 2013

V_Herdade Servas_TN_T13.jpg

Estava programado um almoço no Restaurante da Herdade das Servas, que seria bacalhau à Servas: bacalhau frito com cebolada. Estamos perante um prato com bastante gordura, portanto, procurei um vinho fresco e estruturado. Dentro dos vinhos do produtor, a opção foi pelo Touriga Nacional. E correu muito bem.

Gostei imenso do vinho e não é preciso dizer muito para o suportar. O aroma mostrava de forma muito límpida o floral da casta, na boca equilíbrio perfeito, taninos presentes, mas redondos, bem envolvidos no corpo, final médio. Foi um momento muito bom, com um vinho que mostra muito bem a Touriga Nacional no Alentejo e uma harmonização com sucesso, já que vinho limpava o palato de toda a gordura do prato.

 

publicado por Ricardo Cruz às 13:34
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Terça-feira, 2 de Dezembro de 2014

Lanche com vinhos - novembro 2014

Lanche_David.jpgToda a interação que o facebook potencia tem revelado o interesse de algumas pessoas pela degustação de vinhos. Uma dessas pessoas foi um primo, portanto, rapidamente tratámos de preparar uma pequena sessão. Visto que, em Portugal, vinho é acompanhado de comida, o melhor que consegui foi fazer um lanche-ajantarado num destes domingos. Juntou-se o meu cunhado, parceiro de percurso na degustação, e fez-se o evento.

Dado estarmos numa fase iniciática, seria suficiente um branco e um tinto. Os vinhos verdes são muito consumidos no norte no país, assim, de forma a começar com algo relativamente familiar e mostrar uma das melhores castas nacionais, decidi que o branco seria um alvarinho. Em termos de tinto, tinha provado há dias o Bafarela Reserva 2012, que achei muito Duriense e, após devidamente arejado, com uma elegância bem interessante. Dado que comprei o Bafarela na Garrafeira Vinho e Prazeres, trouxe um dos alvarinhos que lá tem: Portal do Fidalgo 2012.

O alvarinho é excelente a acompanhar marisco, portanto, uns simples camarões cozidos eram bem adequados; juntámos ainda um ótimo paté de atum caseiro. Com o Bafarela serviu-se uns patés mais especiados e presunto alentejano. Resultou muito bem, com a ligação camarões/alvarinho a brilhar em especial.

O Portal do Fidalgo estava muito bom. O aroma um pouco perfumado, mas com muita fruta branca e amarela; na boca, acidez bem integrada, corpo médio, bem agradável, final médio. Saboroso, fresco e cativante, agrada muito ao palato, que está sempre a pedir mais.

O Bafarela mostrou Douro no nariz, com sugestões essencialmente frutadas e um pouco de floral. Na boca, corpo médio, estrutura leve de taninos polidos, boa frescura. Termina médio e elegante, muito adequado para momentos de convívio, mas com comida, que pode ser ligeira.

Foi então um fim de tarde bem passado, com um momento de degustação, boa conversa e descontração. Não é preciso muito para termos momentos felizes: tudo começa com boa companhia, se juntarmos uns petiscos e uma boa garrafa as condições estão criadas. É só aproveitar. E está ao nosso alcance...

publicado por Ricardo Cruz às 13:27
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Terça-feira, 9 de Setembro de 2014

Visita à 23ª Feira de Vinhos do Dão

 

 

A edição 2014 da Feira de Vinhos do Dão aconteceu entre 05 e 07 setembro. Tive a felicidade de poder passar lá no sábado, dia em que a chuva ameaçava aparecer a todo o momento, mas não cumpriu a ameaça nas duas horas que lá estive. A viagem foi familiar, portanto, não podia esperar uma sessão muito prolongada; mesmo assim, devo ter visitado perto de uma dezena de produtores e valeu bem a deslocação.

A expetativa era muito clara, ia para o reino das castas Encruzado e Touriga Nacional, duas das minhas favoritas, portanto, tinha tudo para provar muitos vinhos do meu agrado. Não é objetivo deste post detalhar as provas, mas deixar o registo das principais reflexões.

 

 

Espaço: a praça junto ao município de Nelas é um espaço muito agradável, o acesso é fácil e estacionei relativamente perto. Na própria feira tudo está próximo, temos sombras, árvores e alguns bancos para quem se quiser sentar. Transmite uma sensação de conforto e bem estar muito positiva.

 

 

 

 

 

Produtores: vejo o Dão essencialmente como um conjunto de pequenos produtores, muitos dos quais sem dimensão para os grandes canais de distribuição. Esperava ver nomes desconhecidos e o portfolio completo de outros com distribuição parcial. Se os nomes desconhecidos abundaram, a segunda parte aconteceu de forma pontual, porque, naturalmente, os vinhos disponibilizados para prova são os que pretendem vender e partes do portfolio ficam nas prateleiras mais escondidas para dar a provar a alguns ilustres privilegiados (situação recorrente em certames do género).

 

Vinhos: encantei-me com a grande quantidade de varietais de Encruzado e a diversidade no perfil. Provei uns mais frescos, outros mais minerais, outros com barrica e outros mais fechados, muito interessante. No entanto, o encanto de beber um Encruzado coloca-a, sem qualquer dúvida, no top das castas brancas nacionais (a par com o Alvarinho). Em termos de gosto pessoal, vejo-a com grande potencial para vinhos estagiados em madeira, dadas as acidez, complexidade e estrutura que a casta oferece a quem a quiser trabalhar. Simplesmente maravilhado e rendido.

 

 

 

Nos tintos, senti alguma constância no perfil aromático, com variações mais notórias na intensidade. O que mais se destacou foi a distinção entre segmentos. Se a elegância é o traço forte do caráter da região, à medida que avançamos nas gamas dos vinho as perceções na boca mudam de forma notória. A estrutura de taninos é mais notória na gama média e nos topos de gama temos vinhos apaixonantes, encorpados, quase mastigáveis, com texturas aveludadas da perfeita ligação dos diversos componentes. Encontrei os esperados varietais de Touriga Nacional e uma boa surpresa: Alfrocheiro. Desta, provei alguns que se mostraram vinhos ricos e estruturados, embora menos exuberantes nos aromas face à sua vizinha. Esperava mais Jaen, mas acredito que não tenha ido ao sítios certos para esta casta. Em alternativa, podem ter optado por não os apresentar.

 

 

 

Um evento muito bom, num espaço agradável e com bons vinhos, portanto, quem não desejaria voltar? A dimensão média da feira permite visitar todos os produtores numa abordagem sistemática, tipo começar numa ponta e acabar noutra, embora seja aconselhável um dia inteiro para esse objetivo - mas é alcançável. Nos vinhos, prazer na prova e elegância é o que se deve destacar. E com essas características, como é possível não gostar dos vinhos do Dão? Não os colocar nas nossas preferências? Grande desafio para a região: fazer chegar os seus vinhos a outros locais, pelo menos, do país. Mesmo num país em que 40% dos vinhos vendidos sejam Alentejo.

 

 

 

publicado por Ricardo Cruz às 18:27
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Quarta-feira, 2 de Julho de 2014

Jantar "p'ró mundial"

 

 

Coisas da vida... A família aumenta e o que exige de nós acompanha. Resultado: segundo post consecutivo sobre vinho com enquadramento familiar. Parece que conciliar desta forma pode ser uma alternativa. Há que usar imaginação e jogo de cintura.

Com descendência entusiástica pela bola, a inevitável caderneta foi motivo para nos juntarmos com um casal de amigos que está a partilhar esta coisa de colecionar cromos. A convidada gosta de brancos e o convidado de tintos do Alentejo. Espreita-se a amostra de garrafeira que se consegue ter e, tal coelho da cartola, saltam 2 garrafas: Dona Berta Creoula Reserva branco e Monte da Raposinha (saiu com uma edição da Revista de Vinhos). Ambos estiveram à altura do acontecimento, os convivas gostaram e contribuíram para um serão com boa disposição (nota: este evento ocorreu antes da desilusão de junho 2014). O Dona Berta caracterizou-se por um perfil aromático relativamente discreto, com a mineralidade e algum fumo a destacarem-se. Na boca mostrou a acidez típica do Douro, por vezes com notas mais amargas, um corpo interessante e uma textura suave, a começar a mostrar cremosidade. Qualidade elevada para um vinho de gama alta. O Monte da Raposinha mostrou-se também em muito bom nível, conseguindo um equilíbrio que se destacou. Alia intensidade aromática, frescura, textura suave e prazer na prova: um vinho muito bem conseguido.

Enfim, não foi noite de grandes análises e dissecações dos vinhos, mas sim de usufruir deles da forma para que foram elaborados - enriquecer a refeição e o momento de convívio - o que conseguiram. Felizmente, na questão desportiva, a esperança ainda tinha lugar no nosso espírito e não prejudicou o momento.

publicado por Ricardo Cruz às 18:16
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Terça-feira, 18 de Março de 2014

Muros Antigos - Branco 2012

Depois de 3 meses de inverno rigoroso, os primeiros raios de sol e as temperaturas amenas são um convite irrecusável para respirar um pouco de ar puro e levar a família a almoçar à beira-rio. Num destes sábados soalheiros, o almoço foi no restaurante O Cangalho, local de boa comida tradicional, preços sem exageros, bem como carta de vinhos muito bem escolhida e com preços sensatos (sim, daqueles que convidam a que se beba vinho num restaurante sem nos sentirmos insultados por margens vergonhosas).

Uma das vantagens de estar em Vila do Conde, terra – também - de pesacadores, é que há oportunidade de se comer um peixe fresco. Veio então um robalo com um pouco mais de 2 kgs, que deliciou os 4 comensais adultos. Os prato e dia sugeriam algo fresco e, face à sensatez do preço, a escolha foi para o Muros Antigos 2012, um alvarinho by Anselmo Mendes.

 

 

Em 2013 fui com os meus amigos do 4 Horas à Mesa à Festa do Alvarinho e do Fumeiro, em Melgaço, onde provámos bastantes vinhos desta colheita. No dia, ficámos com uma forte impressão de uma colheita muito marcada pela acidez. É claro que os vinhos não são todos iguais, nem Anselmo Mendes é um produtor igual aos outros e o tempo em garrafa também faz o seu trabalho. O facto é que fiquei encantado com o vinho, uma belíssima frescura equilibrava um corpo interessante, com o lado mais vegetal e ligeiro mineral da casta a dominar um aroma concentrado e um pouco perfumado.

Vários fatores contribuem para que um vinho nos saiba bem e nem todos estão associados às características organoléticas da bebida. Um belo peixe grelhado, um dia primaveril, a companhia da família, tudo contribuiu para um momento muito agradável, em que o vinho deu o seu contributo muito especial para enriquecer o momento. Mais uma vez, esta casta mostra o seu potencial e o produtor a qualidade dos seus produtos. Um brinde a ambos por este Muros Antigos 2012, que ainda poderá ser bebido durante uns anos, e também ao Cangalho, pela forma como o disponibiliza aos seus clientes.

publicado por Ricardo Cruz às 18:38
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Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2013

Natal 2012

Não acontece todos os anos, mas desta vez a escolha dos vinhos para a ceia de Natal ficou sob minha responsabilidade. O desafio é sempre estimulante e havia 2 aspectos a considerar: limitações orçamentais e grupo alargado, diversificado e com escola de tintos do Douro. Assim, o plano inicial passava por um tinto suave, consensual e pouco taninoso para não chocar com o bacalhau cozido com todos e um tawny 10 anos para as sobremesas da época. Tive a sorte de receber uma caixa de Murganheira Vintage, que iniciou a noite.



Num exercício restrospectivo, concluo que o arranque foi muito importante. Não se investiu muito nas entradas - pão e tostas com paté - com todo o sentido, já que parte do grupo estava à volta do fogão, travessas e mesa. Assim, as flexibilidade e mobilidade do espumante e acompanhamento permitiram que todos provassem o Murganheira Vintage 2005, que se mostrou com os aromas complexos de tosta e panificação, uma acidez fresca, mas suave, numa boca com algum volume e um final equilibrado e sedutor. A aprovação foi geral e teve o importante efeito de criar um ambiente muito positivo no capítulo vínico e contribuir para a boa-disposição geral. Um grande espumante nacional.

 

 

O vinho para acompanhar a refeição era o desafio mais complicado. Pessoalmente não escolheria tinto, mas não era o único a jantar e a opção foi de compromisso. Foi o Papa Figos 2011 que acompanhou o prato principal e esteve muito bem. Para a melhor harmonia possível, deveria escolher um vinho com acidez suave e taninos muito macios. Dado que no Douro se está a aderir ao estilo sumarento, a escolha foi por esse perfil e, dentro deste estilo, o Papa Figos era o que apresentava corpo mais composto. Procurava algo suave, mas que não se confundisse com um suminho. Aberto com cerca de uma hora de antecedência, mostrou-se à altura e houve quem continuasse a beber no pós-jantar.


 

 



O tawny 10 anos era a escolha mais egoísta, já que os presentes não são adeptos de Vinho do Porto. A opção acabou por ser pelo preço. O Offley 10 anos esteve uns dias com desconto de 50% no Pingo Doce, período que coincidiu com uma passagem minha por lá, e saltou para o cesto. Mostrou uma cor de transição entre o rubi e o caramelo, com aromas em que os frutos secos estavam em fundo, com notas de marmeldas e comportas a terem maior protagonismo. Na boca estava bem suave, com a ligeira untuosidade do género e uma acidez bem dominada, e o conjunto muito agradável até ao final médio.


As horas passaram de forma bem rápida, com boa comida e bons vinhos a contribuírem para mais um Natal em família, feliz e harmonioso. No final do ano há mais.

publicado por Ricardo Cruz às 19:16
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Quinta-feira, 3 de Janeiro de 2013

Jantar 08 Dezembro 2012

O Natal é o expoente máximo do espírito festivo em Portugal e ainda conta com a passagem do ano como reforço. Claro que o espírito Natalício não se esgota em duas ceias e outros tantos almoços. Porquê ficarmos por uma semana quando podemos festejar durante um mês? Claro que não faz sentido, logo carregamos a agenda de jantares com amigos, colegas de trabalho, familiares com quem não passamos as ceias, padrinhos, afilhados e tudo o que a imaginação conseguir inventar.

Um deles, intimista face às 6 pessoas presentes, saiu “à casa”. Coisa simples e descontraída, em que a época foi apenas a justificação para se juntar uns amigos. Reinaram a boa disposição e os brindes da praxe, em especial para um novo rebento que deverá nascer em meados de 2013.

No frigorífico, o espumante rosé bruto das Caves da Montanha esperava a sua hora. Dada a presença feminina em proporção maioritária e aparecerem umas tostas com paté para enganar o estômago, a hora para fazer saltar a rolha chegou. E esteve muito bem. Os inevitáveis frutos vermelhos surgiram em bom equilíbrio, a acidez bem controlada contribuiu para uma textura suave e agradável, pelo que o conjunto saiu apelativo. Em consequência, voltou à mesa numa festa de aniversário, em que harmonizou de forma muito interessante com o respectivo bolo. Nova consequência, apareceu na passagem do ano pelas mão de uma das convidadas do dito aniversário. Uma história curiosa.


 

 

A noite não se ficou pelo espumante. Um dos convidados teve a amabilidade de trazer uma garrafa de vinho tinto e não deixámos de o abrir: JP Private Selection 2009. Estou habituado à exuberância aromática da casta Castelão, pelo que o nariz surpreendeu-me pela delicadeza que mostrou. Na boca, boa frescura, corpo médio e taninos suaves, muito agradável. Esteve bem a acompanhar uma massa com carne, que passou pelo forno.

 

 

 

Nada de notas de prova demasiado sofisticadas, porque a hora era de socializar (nestes momentos, aposto mais em vinhos fáceis e consensuais). Bons momentos, boa companhia, vinhos agradáveis, crise esquecida por umas horas... Que mais pedir num sábado à noite?

publicado por Ricardo Cruz às 17:56
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Sexta-feira, 27 de Julho de 2012

Visita Sidónio Sousa

 

14 de Julho foi um dia magnífico, com a visita às instalações do produtor Bairradino Sidónio de Sousa na companhia dos meus amigos do 4 Horas à Mesa.

 

Para saber como foi, basta clicar aqui.

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publicado por Ricardo Cruz às 12:58
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Sexta-feira, 25 de Maio de 2012

Festa do Alvarinho e do Fumeiro 2012

Em 28 Abril fui a Melgaço com os meus estimados amigos do 4 Horas à Mesa. Aproveitámos, também, para visitar a Quinta de Soalheiro. Que belo dia!

 

Vejam como foi neste post.

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publicado por Ricardo Cruz às 21:25
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Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2012

Correntes d'Escritas 2012

 

As Correntes são sempre um momento importante do meu ano. Reservo uns dias de férias, sempre que posso, para as acompanhar e é um evento em que o contacto permanente com reflexões e ideias nos estimula, eleva e proporciona uma libertação temporária da rotina do dia-a-dia (aproveitando os conceitos da segunda mesa – O fim da arte superior é libertar – citação de Fernando Pessoa).

Esta edição não fugiu à regra, com uma particularidade. Os desafios propostos aos participantes continham referências claras a tópicos económicos, área da minha formação académica, pelo que estive na situação desconfortável de ouvir escritores falarem sobre algo que conheço um pouco melhor. Talvez por isso, esse aspecto do evento tenha um balanço de relativa desilusão. Não esperando erudição sobre o tema por parte dos oradores, não deixou de ser incómodo que a palavra mais dita tenha sido economistas, classe que, como um todo, tem muito pouco que ver com a origem da situação em que estamos (políticos ou especuladores seriam mais adequadas). Posso colocar a hipótese de se pretender referir aos teóricos da economia, que também estão em dificuldades na gestão da situação. Mas isso é comum a muitas e muitas áreas; por ex, ainda não temos vacina para o HIV. Não se sabe tudo e a evolução da sociedade coloca-nos perante situações novas a todo o momento. Mas mesmo este ponto de vista não é completamente correcto, já que não faltaram vozes, ao longo dos últimos anos, a alertar para o excesso de endividamento nacional. A minha desilusão neste ponto foi o assumir da problemática económica como algo ininteligível e quase repulsivo, e assim sendo, talvez não merecedora de se investir algum tempo na recolha de informação para as intervenções. Pelo contrário, o afastamento parecia patológico e por vezes quase vangloriado. Tudo isto originou alguns juízos de valor pouco sustentados, que não contribuíram com nada positivo para a classe dos... autores/escritores. Não vamos tomar o todo pela parte e esquecer que estamos a falar de meia-dúzia de intervenções em quase quarenta e não referir Inês Pedrosa como alguém que se aproximou mais da realidade ao referir-se aos especuladores.

Mas é claro que isto não foi tudo e, na vertente da reflexão, manteve-se a qualidade global do evento. O dia de abertura terá sido o mais elevado, com D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, a mostrar umas lucidez, informação, estrutura intelectual e capacidade de comunicação notáveis, logo seguido de uma grande mesa com participação de Eduardo Lourenço e Rubem Fonseca, entre outros. Outros oradores que ficaram na memória foram Fernando Pinto Amaral (capacidade de comunicação e estrutura intelectual), Inês Pedrosa (visão mais pragmática), Rui Zink (humor com profundidade), Eugénio Lisboa (densidade assinalável), João de Melo (orignal, muito terra-a-terra) e Onésimo Teotónio de Almeida (humor fino e a brincar com as palavras e seus significados).

Todas as mesas a que assisti apresentaram lotação esgotada, pelo que, em definitivo, as Correntes já alargaram o seu alcance bem além dos autores e amantes da leitura. Um sucesso de adesão notável para um evento de carácter cultural. Sinceros parabéns a toda a organização.

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publicado por Ricardo Cruz às 13:20
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Quarta-feira, 28 de Dezembro de 2011

CM - Tinto 2007

Vinho CM
Tipo / Ano Tinto 2007
Castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz
Região Douro
Produtor CARM


Aspecto Grená carregado
Nariz Complexo, fruta preta, chocolate preto, mineral
Boca Bom corpo, acidez média, taninos redondos. Com perfil seco, a sua bela estrutura centra a prova de boca, muito bem envolvida num corpo que acomoda os taninos. Saboroso, um trabalho impecável no equilíbrio e na madeira perfeitamente integrada, delicia-nos até um final vivo, longo e muito persistente.


Nota 17,5
Data Prova Dezembro 2011
Preço

 

Existem pouco mais de 4000 garrafas deste vinho, parte dele estagiado 12 meses em barricas de carvalho francês e americano e descanso adicional de 30 meses em garrafa. O resultado é mais um grande vinho do Douro, cujo preço de referência de €49,00 o coloca num patamar de exclusividade. Foi provado como complemento ao almoço de 19/11. Excelente, sedutor, magnético...

 

publicado por Ricardo Cruz às 21:00
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Sexta-feira, 2 de Dezembro de 2011

Almoço 19 Novembro 2011

Escrever que o mundo do vinho é fascinante acaba por ser redundante neste espaço - basta ver o conteúdo da maioria dos posts - mas esta bebida encantatória tem uma capacidade muito própria de mexer com as pessoas e originar dias, momentos, fantásticos. Não é a única coisa que o faz, mas tem o que mundo do futebol gosta de chamar mística.

Tudo começou com uma familiar que vai realizar uns jantares de Natal em casa e queria uma opinião sobre os vinhos a servir. Felizmente a garrafeira está recheada, portanto, implicava uma prova de algumas garrafas diferentes. Se há algo a que o vinho está ligado é à mesa, portanto, só aí, nesse altar privilegiado de homenagem a artes humanas como a culinária e a vinicultura, seria possível fazer o teste às amostras eleitas. Como a família não é pequena, não faltam amigos do vinhos e da cozinha, incluindo honras de um finalista na área que se voluntariou para contribuir com um menu para acompanhar as bebidas. Reuniu-se, então, um grupo de 12 conspiradores, dos quais 4 eram os “provadores oficiais”, no dia 19 de Novembro, para a ordenação de preferências em tintos e brancos.

O menu estava nas mãos de um especialista, logo, apenas restava escolher o acompanhamento. Sendo o objectivo utilizar o que havia na garrafeira, tudo começou com uma descida ao local de repouso das garrafas e confirmar as que existiam em quantidade suficiente (4 a 5 garrafas) para se tornarem elegíveis para os jantares. Os candidatos foram 3 brancos e 3 tintos, que se juntaram a outros já conhecidos e provados.

O resultado foi um almoço memorável, um evento familiar que só pode contribuir para solidificar laços entre os presentes, um candidato a chef a mostrar o seu talento (e aclamado com toda a justiça) e a prova concluída com a opinião do painel transmitida à organizadora, que mereceu parabéns e agradecimentos pelo momento proporcionado.

Como o almoço também foi de trabalho, não ficaram de fora as notas de prova, que reproduzo. Os brancos e tintos estão ordenados de forma inversa da preferência do painel. O espumante e o de sobremesa não estavam a concurso.

 

Murganheira Vintage, 2004: Cor amarelo palha, aromas de panificação e mineral. Na boca mostra-se vivo, amplo, com boa acidez e acompanha o perfil do nariz. Final longo e prolongado. Um espumante excelente, que por cerca de €25,00 não fica a dever nada a alguns champanhes.

Classificação: 17,5

 

CARM Rabigato 2009: amarelo de cor, tem um nariz essencialmente mineral. Na boca resiste uma boa acidez, que ampara um corpo médio, com alguma cremosidade, até ao final médio. Em boas condições de consumo, indicia uma evolução para a mineralidade. Vinho preso às característica da casta, não se mostrou consensual, mas, pessoalmente, gostei muito de o beber. É vinho para enófilos que tenham paciência para ele e que gostem de apreciar a evolução ao longo do tempo.

Classificação: 15,5

 

Casa da Ínsua, branco, 2010: Este vinho já tem um post aqui. Nesta prova confirmou a impressão de um vinho muito agradável na prova, com um perfil cítrico a acompanhar uma acidez muito boa, que aponta para alguma capacidade de resistir alguns anos.

Classificação: 15,5

 

Maria de Lourdes, branco, 2009: Mais um vinho da CARM, um lote de 40% Gouveio, 30% Viosinho e 30% Rabigato. Cor amarela, aroma complexo, com mineral, fruta branca e ligeiro toque a baunilha. Na boca encanta-nos de imediato, com uma bela acidez, corpo com cremosidade, onde o mineral e a baunilha se mostram. O final médio acompanha o perfil de um vinho bem fresco, complexo e equilibrado. Muito bom na vinificação e na prova.

Classificação: 17

 

 

Casa de Santar Reserva, Tinto 2005: Cor rubi, aromas de frutos vermelhos maduros e madeira. Na boca apresenta bom corpo, taninos com ligeira aresta e final longo, com fruta, madeira e balsâmicos. Estava curioso com a prova deste vinho, dado o prémio ganho recentemente pela performance na classe executiva. Está muito bom, já com alguma evolução, que o torna muito interessante para degustação, mas não muito consensual. Gostei muito e está na hora de ser bebido.

Classificação: 16

 

Maria de Lourdes, Tinto 2008: Lote de 70% Touriga Nacional e 30% de Touriga Franca, com origem em agricultura biológica e estágio de 24 meses em barricas de carvalho francês. Cor rubi, com bordo violáceo. Nariz agradável com frutos vermelhos, madeira, balsâmicos e especiarias. Muito bem na boca, com corpo, estrutura e acidez a acompanharem uns taninos redondos, num perfil dominado pela fruta. Bons taninos e madeira muito bem integrada fazem-no um vinho muito suave, quase elegante, muito amigável e saboroso. Bom final, onde recupera o perfil do nariz. Muito bom.

Classificação: 17

 

CARM Grande Reserva, Tinto 2007: Lote com Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca, que estagiaram 12 meses em barrica. Cor grená, nariz complexo, personalizado, com fruta, madeira, especiarias e floral. Na boca, ainda apresenta uma bela acidez, muito bem acompanhada por uns taninos polidos, que conferem boa estrutura a um corpo bem suave. Termina longo, prolongado, suave, quase elegante. Muito bem feito, um vinho num grande momento. Excelente.

Classificação: 17,5

 

Grandjó, 2007: Face aos presentes, a escolha do vinho de sobremesa recaiu num colheita tardia, não muito tradicional em Portugal, mas que tem tudo para ganhar adeptos, face ao menor grau alcoólico e à facilidade de degustação. Para o evento, só podia ser a grande referência nacional, o nosso colheita tardia feito de uvas Sémillon com botrytis. Cor dourada, nariz complexo, com fruta muito pura e metalizado. Na boca mostra-se encorpado, com acidez média que contribui para um equilíbrio muito bom entre açúcar e álcool. Guloso, encantador, termina longo. Um grande vinho, um orgulho para ombrear com Sauternes e outros consagrados.

Classificação: 17,5

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publicado por Ricardo Cruz às 17:34
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Segunda-feira, 17 de Outubro de 2011

Almoço da LER em Guimarães

O terceiro almoço da LER, segundo no norte do país, realizou-se em 15 de Outubro de 2011, em Guimarães. Foi escolhido o belo Centro Cultural de Vila Flor, que encantou pelo seu edifício centenário, o relvado que acolheu os convivas na fase final do evento e a refeição bem agradável que o seu restaurante nos proporcionou.

A conjuntura não estava fácil: a crise cada vez mais enraizada e o Governo a anunciar novas medidas de austeridade, que incluem um corte muito doloroso nos rendimentos dos funcionários públicos em 2012-2013, através da supressão dos subsídios de férias e de Natal. No entanto, as presenças não sofreram muito com isso e as 3 dezenas dos anteriores repetiram-se.

Depois da participação no almoço do Porto, no magnífico Palácio do Freixo, este almoço tinha 2 atractivos: por um lado, poderia contar com a companhia da minha esposa; por outro, era uma oportunidade para rever algumas caras.

O balanço foi claramente positivo: ambiente descontraído, conversas fluidas, espaço bonito e boa comida foram ingredientes perfeitos para tal. Mas não ficamos por aqui. A nossa estimada LER não nos deixou voltar para casa com as mãos vazias e um sorteio de livros fez aparecer uma recordação deste dia. Como cereja em cima do bolo, de Lisboa vieram os Guta Naki, que contribuíram com um momento musical muito agradável, que incluiu temas do seu disco recém-lançado e algumas canções actualmente no laboratório.

Parabéns e obrigado à LER, bem como muita força para não deixar cair estes momentos de convívio deveras estimulantes. Nós acompanharemos o mais possível.

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publicado por Ricardo Cruz às 17:56
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