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O almoço seria coelho, carne que normalmente aproveito para ligar com tintos mais encorpados e taninosos. No entanto, estou no trimestre de verdes e espumantes, portanto, lembrei-me do espumante tinto extra bruto da Casa Senhorial do Requengo que estava a aguardar o momento certo para ser comprado. É um dos melhores produtores de espumantes na região dos Vinhos Verdes e este tinto um ex-libris da casa (cerca de €12,50, na Garrafeira Vinho e Prazeres).
Revelou-se um belo espumante. A cor era rubi muito concentrada, opaca, a remeter-nos de imediato para a casta vinhão, rainha dos tintos da região. O nariz mostrou-se mais contido, mas na boca o vinho mostrou toda a sua qualidade. Sensação de volume, cremosidade e uma acidez em equilíbrio perfeito, que conferiu uma frescura exemplar. Muito bom, gostei muito, a reforçar o meu gosto crescente por espumantes tintos. São uma opção gastronómica muito interessante, pela versatilidade, alguma consensualidade entre as pessoas com quem partilho estes momentos e efeito de leveza no estômago que o espumante consegue.
A harmonização foi muito boa, com destaque para a boa ligação entre a cremosidade do espumante e a suavidade da carne do coelho. Já ao nível de sabores o vinho estava um pouco mais forte do que o prato. Globalmente foi muito bem conseguida, os espumante são de uma versatilidade (repito...) magnífica.
Almoço de família ao fim de semana é oportunidade para provar algo novo e praticar as harmonizações. Nada de muito complicado, umas costelinhas de take away grelhadas em forno elétrico. Embora a carne de porco possa sair um algo seca, a parte da costela tem um pouco mais de gordura; por outro lado, são bocados pequenos que comemos aos poucos. Assim, pensei num perfil de tinto fresco e não muito encorpado. A primeira opção foi verde tinto, mas não tinha nenhum em casa nem tempo para comprar e refrescar. O que estava em casa era este Gradil Reserva 2010, que saiu com a Revista de Vinhos de julho. A região de Lisboa apresenta, sem dúvida, frescura e os tintos que conheço não são pesados. Sendo assim, avançou.
Cor muito intensa, determinada pela presença de castas tintureiras como Syrah e Alicante Bouschet certamente, aromas dominados por um perfil mais torrado e fruta preta. Boa frescura equilibrada na boca, corpo médio, taninos finos e com final médio e persistência via acidez. Gostei.
A harmonização foi um sucesso, já que vinho e comida conviveram muito bem na boca. Apenas no final a acidez marcou um pouco. Mas num vinho jovem...
O autor deste livro, Robin Sharma, teve uma influência muito forte em mim nos últimos tempos. Comecei por contactar com o seu trabalho através de posts no facebook, depois inscrevi-me na mailing list e percorri os seus vídeos no You Tube. Recolhi uma série de ideias e práticas para melhorar a nossa vida que me ajudaram imenso. Com naturalidade comprei o livro que foi o seu primeiro grande sucesso, inspirado na transformação que o autor operou na sua própria vida.
Este é um livro de desenvolvimento pessoal, portanto, contactamos com um conjunto de princípios e táticas que têm como objetivo levar-nos a uma vida feliz e realizada. Continuo fascinado pela forma pragmática com que o tema é abordado. Nós, Latinos, somos mais emotivos do que os Anglo-Saxónicos, portanto, gerir a felicidade é algo ligado a emoções, sentimentos, aspetos abstratos. No entanto, principalmente do outro lado do Atlântico, a felicidade atinge-se através de um processo de gestão quase empresarial. Temos a nossa visão (o nosso sonho) e estabelecemos um percurso de pequenos passos, com objetivos parciais que nos levem à concretização. Paciência, determinação, foco, simplicidade, são alguns dos aspetos mais importantes para conseguirmos.
Assim, neste livro, Robin Sharma cria o personagem de um advogado viciado em trabalho, exemplo idolatrado de sucesso profissional, que após um ataque cardíaco em plena sala de tribunal repensa toda a sua vida. Vende os seu bens materiais, viaja para o Oriente e aprende um conjunto de ensinamentos milenares num mosteiro isolado em plenos Himalaias. Regressa, depois, a Nova Iorque para transmitir todo esse conhecimento. O livro não é mais do que o relato de toda essa sabedoria, o que inclui a filosofia e as ações a desenvolver para a implementar.
É um livro muito interessante, mais adequado para quem gosta desta temática do desenvolvimento pessoal, mas facilmente adotado por quem goste de pensar. Porque é isso que ele provoca: faz-nos pensar na nossa vida, se tomámos as opções corretas e como devemos desenhar o nosso futuro. Gostei muito. Li no período de férias, portanto, contribuiu para manter o cérebro ativo em termos de reflexão.
Qualquer pessoa encontrará motivos para apreciar o livro e retirar proveitos do tempo dedicado à sua leitura. Muitos anos passaram desde que foi escrito, portanto, acompanhar o trabalho do autor via redes sociais, blog ou You Tube é uma forma de contactar com as suas ideias mais recentes.
Original: The Monk Who Sold His Ferrari
Editora: HarperCollins Publishers, Ltd 1997.