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Entrada de gama de um produtor de referência da Bairrada, com base na casta tinta estrela da região, a Baga. Comprei uma garrafa para ver como estava, depois outra e, claro que sim, outra, até que o stock na garrafeira acabou (não todo por mim, note-se). Se virmos as características do vinho, correspondem ao que se espera: cor ainda muito rubi, aroma especiado, ataque fresco e suave, taninos polidos, corpo médio, sensação global de frescura e polimento, com um toque amargo (nada a que a casta não nos habitue). O que se destaca é termos um entrada de gama de 2007 em boa forma e o grande prazer que proporcionou nesta fase de evolução.
Vinho | Quinta das Bageiras | Produtor | Mário Sérgio Alves Nuno |
Tipo / Ano | Tinto 2007 | Opinião | Bom |
Castas | Baga | Data Prova | janeiro 15 |
Região | Bairrada | Preço | €4,5, Garrafeira Vinho e Prazeres |
O projeto L'AND tem uma componente muito importante de enoturismo e foi uma ilustre visitante que simpaticamente me trouxe este branco. Por vezes, quando reflito sobre alguns vinhos que aparecem por casa, tomo a decisão de adiar a prova e deixar que o tempo faça o seu trabalho no néctar. Foi o que aconteceu com este branco alentejano. No momento da abertura deparei-me com uma cor amarela, aromas terciários dominantes de cera e parafina, bom corpo, textura cremosa, média frescura, final longo, elegante e ligeiramente amargo. Gostei bastante, muito bom.
Harmonização: A componente gastronómica era um bacalhau no forno. Aproveitei para escolher um branco, já que estes almoços de fim de semana tendem para carnes, logo, para tintos. A ideia teórica era um branco encorpado, já que o bacalhau tem uma presença forte na boca ao nível da textura. A título facultativo, o prato teria capacidade para enquadrar um branco com estágio em barricas de carvalho. Um branco de 2011 de gama elevada apontava para as características pretendidas, na medida, em que o tempo já teria moldado a acidez mais viva da juventude e poderíamos sentir com mais intensidade a cremosidade na textura. Felizmente tudo correu bem, texturas equilibradas, sabores em sintonia, mais um grande momento à mesa. Mesmo o lado mais amargo do vinho acabava suavizado na interação com a comida, ou seja, a comida valorizou o vinho.
Como vou recordar este vinho: Já com aromas terciários e a textura cremosa de que tanto gosto, ainda com frescura bem interessante. Gostei muito.
Vinho | L'AND Vineyards | Produtor | L'AND Vineyards |
Tipo / Ano | Branco 2011 | Opinião | Muito bom |
Castas | Antão Vaz, Arinto, Roupeiro | Data Prova | janeiro 15 |
Região | Regional Alentejano | Preço |
Estou bastante hesitante no arranque deste post, porque quando bebo vinhos mais evoluído tudo é centrado no prazer de beber um vinho polido, complexo e elegante. Começa a ser difícil ir além disto, porque fico particularmente focado no prazer de contactar com estas pérolas. Este Merlot evoluiu de forma fantástica e está num momento ótimo. O aroma está essencialmente especiado, embora delicado (não muito intenso) mantém uma boa frescura, ainda uma ligeira estrutura de taninos polidos e um bom final. Gostei muito, está encantador.
Harmonização: O prato foi um arroz de pato. Depois de várias experiências no capítulo vinhos tintos, a minha preferência vai para vinhos com alguns anos, já que a suavidade global evita que o vinho se sobreponha à comida (o que acontece com vinhos mais jovens e potentes e não se pretende na harmonização). E assim aconteceu com este Merlot, o seu equílbrio perfeito permitiu ao palato saborear ambos, sem sobreposições ou rejeições. Um sucesso, no entanto, estou tentado a experimentar novas combinações, nomeadamente, um branco cremoso e texturado.
Como vou recordar este vinho: Uma ótima evolução, equilíbrio perfeito, na minha primeira prova de um Merlot evoluído.
Vinho | Má Partilha | Produtor | Bacalhôa |
Tipo / Ano | Tinto | Opinião | Muito bom |
Castas | Merlot | Data Prova | Fevereiro 15 |
Região | Terras do Sado | Preço | €15,00 Garraf. Vinho e Prazeres |
Era altura de ler um romance e esta obra de John Le Carré estava no pipeline. Curiosamente, é um autor que ofereço mais do que leio. A coleção Mil Folhas, editada pelo jornal Público, inclui o Espião Perfeito, o único que já tinha lido do mestre da literatura espionagem. Peguei, então, no bloco de mais de 650 páginas, que me acompanhou durante o mês de fevereiro 2015 (sim, porque o tempo diário é limitado e durou, durou, durou...).
O livro dá-nos o que esperamos dele, um enredo no mundo dos serviços secretos, aqui com George Smiley como protagonista. Em plena guerra fria na Europa, o palco da ação é partilhado com uma zona de guerra quente na altura: o extremo oriente. Hong Kong, Camboja, Vietname ou Tailândia são países/locais por onde Jerry Westerby desenvolve a missão confiada por Smiley na luta contra o arqui-inimigo deste último (o russo conhecido por Karla).
A escrita monta o puzzle de forma detalhada, minuciosa, que acaba por incutir um ritmo pausado à leitura, como que a convidar a não desprezar qualquer pormenor. Este ritmo é constante ao longo da obra, apenas algumas páginas perto do final originam alguma aceleração. Aqui e ali, mais perto do final, como o género obriga, o autor deixa umas pistas sobre acontecimentos posteriores, o que desperta a curiosidade e prende o leitor à obra.
O resultado é um livro muito interessante, em especial para apreciadores do género, mas não vamos desprezar a qualidade literária de John Le Carré. A forma como constrói a trama, gere o ritmo, desenha personagens, coloca-o acima de uma escrita de enredo e no justo patamar da literatura. Brilhante a forma como mostra que, também neste mundo, as emoções guiam o ser humano. Gostei e acabei por conhecer melhor alguns aspetos da civilização oriental.
Título original: The Honourable Schoolboy
Um vinho à porta de fazer 10 anos após a colheita e como nos aparece? Em grande forma. A cor demonstra-o no primeiro contacto, já que o rubi ainda domina e apenas apresenta umas ligeiras nuances alaranjadas. Nos aromas, encontramos um festival de fruta azul e especiarias, com a presença evoluída da barrica, que me agrada em particular. O ataque é super fresco, seguido da perceção do bom corpo e de taninos polidos (mais ainda presentes). O final é médio, elgante, com boa persistência. Gostei muito.Harmonização: A companhia foi um cozido à Portuguesa. Estamos perante sabores delicados, pouco intensos (exceção aos enchidos), portanto, procurei um vinho tinto polido, com a potência suavizada pelo tempo. A harmonização correu muito bem, com vinho e comida a comunicarem perfeitamente na boca. Curiosamente, no final a frescura do vinho destacava-se um pouco, o que contribuía para leveza na sensação final na boca e demonstra a sua excelente acidez. Desta vez foi tinto, mas um branco com madeira será opção a testar numa próxima oportunidade (afinal, não deixa de ser um cozido...).
Como vou recordar este vinho: Excelente evolução, com grande frescura e ainda alguma estrutura a apontar para mais uns bons anos de vida pela frente. Muito bom.
Vinho | Callabriga | Produtor | Sogrape Vinhos |
Tipo / Ano | Tinto 2006 | Opinião | Muito bom |
Castas | Data Prova | fevereiro 2015 | |
Região | Douro | Preço |