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De tempos a tempos provamos vinhos que nos encantam e percebemos que são um achado. É o caso deste Burmester 10 anos. Como sempre, esta ideia resulta do meu gosto pessoal, já que encontrei neste Porto muito do que gosto nesta tipologia em geral e foi um dos 10 anos de que mais gostei. Aromas dominados por café e frutos secos; na boca bom corpo, textura sedutora de untuosidade e suavidade, final médio, com retronasal irresistível a repetir os aromas. Nada de complicado, nada de transcendente, apenas aromas bem definidos, textura, volume e um encanto global que nos impede de parar de beber. Por menos de €20,00 temos um generoso de excelência, eis por que o considero um achado. Nota importante, este 10 anos foi engarrafado em 2007. Nem todos os 10 anos da Burmester serão assim, daí a importância desta informação no contra rótulo.
Como vou recordar este vinho: Um vinho que me apaixonou, com o qual me identifiquei. Inesquecível.
Vinho | Burmester 10 anos | Produtor | J. W. Burmester & Cª |
Tipo / Ano | Vinho do Porto | Opinião | Excelente |
Castas | Data Prova | Janeiro 15 | |
Região | Vinho do Porto | Preço | Cerca €20,00 Garraf. Tio Pepe |
Este vinho apresenta muito do que associamos ao Alentejo, já que se mostra bem concentrado na cor, boa intensidade de aromas, corpo generoso, enfim, perfil de boas maturação e extração. O nariz é muito focado na fruta madura e especiarias, na boca mostra-se fresco e suave, com taninos redondos e bem envolvidos. Termina com boa persistência. Devemos notar que o vinho é um varietal de Syrah, casta internacional que tão bem se adaptou ao alentejo, que favorece essa concentração ao nível de cor e aromas. Como cereja em cima do bolo, é um vinho muito apelativo, que se bebe com muito prazer.
A harmonização foi com um prato de carne habitual, que passa pelo forno e apresenta uns bons nacos. Aproveito essa consistência para acompanhar com vinhos mais jovens e/ou taninosos, já que acompanham a força da carne e esta acomoda a potência do vinho. Neste caso, os taninos estavam bem envolvidos, redondos, portanto, tivemos mais um feliz encontro de texturas suaves.
Como vou recordar este vinho: Um vinho cheio de força e concentração, mas muito polido e a dar grande prazer na prova. Gostei muito.
Vinho | Cem Reis | Produtor | Herdade da Maroteira |
Tipo / Ano | Tinto 2012 | Opinião | Muito bom |
Castas | Syrah | Data Prova | janeiro 2014 |
Região | Reg. Alentejano | Preço |
Regresso a um livro mais ligado à gestão e disponibilizado numa formação. Existe um preconceito, que me parece bem enraizado, de que as formações são muito teóricas e o regresso ao trabalho não vem acompanhado de novas práticas inspiradas nessas ações. Neste caso, não poderia estar mais longe da verdade.
A ação foi muito dinâmica e prática e logo na altura, quando percebi que o livro refletia os conteúdos da sala, fiz uma tag mental para o ler. O que Ricardo Fortes da Costa nos proporciona é um manual prático de como um líder de equipa deve abordar os principais componentes desta complexa relação profissional. Podemos separar o livro em 2 grandes blocos: primeiro sobre as pessoas e o segundo sobre o principais momentos da relação (reuniões, briefings, avaliação desempenho, etc...). E aqui marca uma grande diferença, já que identifica todos os passos e posturas a ter nessas situações. Tudo aparece organizado, sistematizado, com ferramentas de apoio, para que não falte nada a quem quiser melhorar a sua performance enquanto coordenador de equipas.
Além da componente prática, destaca-se outra vantagem. Percorrer o livro foi reviver conceitos, ou seja, uma espécie de revisão de conteúdos. Qual a consequência? Reforça a assimilação dos aspetos com que mais nos identificamos ou precisamos.
Revelou-se, então, uma leitura muito rica e prática, exatamente o que se precisa.
A enfrenter sintomais gripais/resfriado, lembrei-me do ditado avinha-te, abifa-te e abafa-te. Que bom, nada como umas boas provas para animar um fim de semana caseiro.
Claro que essa satisfação durou apenas até ao espirro seguinte. Bolas, com o nariz congestionado como posso fazer provas? Vamos trocar a prioridade da degustação para a carteira e beber uns néctares mais acessíveis.
Este pequeno livro é especial: foi o primeiro livro sobre vinho que comprei. Estava no início desta aventura da degustação e as minhas compras eram feitas nos hipermercados, essencialmente com base no que lia nos rótulos. Nada de Revista de Vinhos, blogues ou outras fontes de informação especializadas; consumidor tradicional. Vi no Pingo Doce um livro pequeno, que custava €7,50, e trouxe-o para aprender um pouco mais sobre o tema.
O resultado foi excelente, porque é um livro que me tem acompanhado e a que volto com muita frequência. A pequena dimensão é ilusória, porque resulta de um poder de comunicação notável por parte do autor. Nota-se claramente que é alguém com conhecimentos sobre matéria e que, ao mesmo tempo, consegue transmitir de forma concisa e simples muitos dos conceitos específicos da degustação de vinhos. Esta é uma característica dos grandes professores, utilizando uma expressão popular: conseguem “trocar por miúdos”.
No início tudo era aprendizagem e uma leitura altamente informativa. Agora, que já conheço um pouco mais sobre o tema, usufruo do prazer de compreender o que está escrito, perceber de onde vêm aquelas ideias.
É um livro que me marcou, ajudou a evoluir e muito bem escrito, portanto, muito importante neste hobby da degustação de vinhos. Tudo isto por €7,50...
Título original: Savoir Déguster le Vin (2008, Éditions Féret)
Em Portugal: Editorial Presença, 1ª Edição 2009
A experiência recente no Douro do produtor Márcio Lopes começou com o tinto Proibido (já com duas edições), a que se juntou, em 2014, o branco Permitido. Varietal de Rabigato, uma das castas tradicionais da região, originárias de vinhas com 700 mts de altitude. Mostra-se essencialmente cítrico de aromas, com nuances minerais ao abrir. A presença de boca é o seu ponto forte, já que se mostra encorpado e texturado, o que transmite uma sensação de volume. Boa frescura, como seria de esperar de um vinho de altitude. Termina médio, com boa persistência. Estas características conferem-lhe bom potencial gastronómico, desde as carnes brancas até aos peixes no tacho ou forno. Gostei muito, é um vinho muito bem conseguido, apelativo, que não se consegue parar de beber, quer-se sempre mais.
Vinho | Permitido | Produtor | Márcio Lopes Winemaker |
Tipo / Ano | Branco 2013 | Opinião | Muito bom |
Castas | Rabigato | Data Prova | dezembro 2014 |
Região | Douro | Preço | €14,90 Garrafeira Nacional |