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Sexta-feira, 28 de Novembro de 2014

Vinha de Saturno 09 e uma carne magnífica

V_Saturno_T_09Vinho: Quando estamos a provar um topo de gama a expetativa é elevada. Já tinha provado a versão 2005, que ficou na memória pela excelência. A versão 2009 não foi diferente. Um vinho de qualidade superior, que mostra complexidade no nariz, com fruta madura e especiarias em destaque; soberbo na boca, com volume, frescura e uma bela estrutura de taninos finos, bem envolvido no corpo. O final é longo, elegante, sedutor. Durante a prova fiquei impressionado com a frescura e o equilíbrio da acidez no vinho, só depois olhei para as castas e notei que incluía Baga. O resultado é brilhante, na medida certa confere frescura e complexidade ao vinho, sem comprometer a fruta madura mais característica da região. O produtor pertence ao grupo Dão Sul, que também tem a Quinta do Encontro, na Bairrada, logo, há uma boa fonte de Baga para este Vinha do Saturno.

Saturno_Prato.jpgHarmonização: A escolha do vinho foi determinada pelo prato. Seria uma carne guisada, com passagem final pelo forno portanto, podia contar com carne suculenta e um molho guloso. Carne suculenta e molho enquadram-se muito bem com taninos, portanto, podia aproveitar para escolher um vinho com esse perfil. Ora, a estrutura de taninos tinha sido justamente o que me impressionou quando provei o 2005, portanto, este vinho foi opção natural e decisão fácil. Correu muito bem, o encontro vinho e comida aconteceu como esperava, ou seja, em harmonia. A carne acomodou a secura dos taninos e a potência do vinho, enquanto que este não foi subjugado pela riqueza do prato.

Como vou recordar este vinho: Grande vinho do alentejo, com uma introdução brilhante de Baga no lote. Fresco, estruturado, ótimo com comidas mais ricas.

 

VinhoVinha de SaturnoProdutorMonte da Cal
Tipo / AnoTinto 1999OpiniãoExcelente
Castas Data Provanovembro 2014
RegiãoReg. AlentejanoPreço 
publicado por Ricardo Cruz às 13:31
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Quinta-feira, 27 de Novembro de 2014

Boris Pasternak - O Doutor Jivago

Dr Jivago.jpgO livro que se seguia na Coleção Mil Folhas, editada há uns anos com o jornal Público, era o Dr. Jivago de Boris Pasternak. Quando decidimos seguir a ordem sequencial estamos sujeitos a alguns riscos; neste caso, deparo-me com um livro de 600 páginas e como o tempo não é muito... Mas tinha chegado a hora dele e não a iria deixar passar. O meu contacto com a literatura Russa é limitado, penso que influenciado pela distância cultural e aquele lado dramático associado não é particularmente apelativo. Assim, foi também a oportunidade de reforçar um pouco o conhecimento sobre aquele país enorme (dos Urais até à Sibéria)

O livro é um clássico, já adaptado ao cinema e valeu ao autor o prémio nobel, se não me engano, em 1958. Ao longo desta leitura de longo fôlego, que exige paciência e gosto por descrições e pormenores, fiz-me a seguinte questão: como verá a geração Facebook este livro? A geração do imediato, do telegráfico, da pressa, terá disponibilidade para simplesmente pegar nele?

Podemos sentir o livro de formas diferentes, aliás, devia escrever que cada pessoa faz a sua própria abordagem. A ação decorre num período extraordinário da história da Rússia, entre o início do séc. XX e a década de 30 do mesmo. Nessa altura, houve uma guerra no início do século, a I Grande Guerra e a Revolução de 1917, que derrubou a monarquia dos Czares e implantou o Comunismo. Perceber alguns aspetos de como se viveu essa fase foi o principal atrativo desta obra. É claro que o nosso personagem não tem uma visão neutra, está ligado ao modelo social derrubado, mas se tomarmos este fator em consideração conseguimos evitar fazer uma leitura influenciada. Os aspetos amoroso e profissional (embora menos) estão também muito presentes, ao ponto de se poder falar numa história de amor.

O livro não vai para a galeria dos preferidos, mas conseguimos perceber o trabalho do autor, a importância da obra e o seu impacto. Editado em plena guerra fria, acredito que tenha sido muito revelador para o lado Ocidental; acresce a isso que o facto de ter sido censurado no próprio país aponta para conteúdos pouco abonatórios para o poder vigente na época.

 

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publicado por Ricardo Cruz às 18:16
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