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É aqui que tudo começa, este livro é o génesis deste universo criado por Tolkien. Diz-nos como foi criada a Terra Média e os povos que conhecemos na saga O Senhor dos Anéis (elfos, homens, anões, etc...). O livro não é estruturado num único relato, antes pode ser dividido em 5, sendo a quenta silmarillion o prato forte. Podemos começar por ler como Eru Illuvatar criou o mundo; conhecer os Valar, Maias e seus inimigos; viver as emoções da primeira era do mundo, com o apogeu da presença dos elfos na terra média e as terríveis ações de Melkor, tudo associado aos Silmarils forjados por Faenor; a ascensão e queda da casa dos Numenoreans; e, finalmente, a história dos anéis do poder e da terceira era, numa versão muito resumida, mas muito informativa.
Estamos na literatura do género fantástico, com aventuras intensas e dramáticas, guerras, os seres habituais, tudo misturado com uma mitologia própria, de insipiração clássica (pelo menos, aparentemente). Não fugimos à tradicional luta do bem contra o mal, em que os protagonistas do lado negro são mais poderosos e só a união dos opositores, em momentos de desespero, consegue vencer. Focando na história principal, decorre em Beleriand, espaço distinto da zona de ação da Terceira Era, num período em que os elfos a ocupavam com diversos reinos. Os anões já existiam, mas restritos às suas adoradas montanhas e os homens apenas aparecem durante história. Se em O Senhor do Anéis contactamos com os elfos de Rivendel (residência de Elrond) e a Dama Galadriel e os seus elfos da floresta, numa versão charmosa e um pouco transcendental, aqui vemos um povo também com tentações materiais, lutas de poder, traição e grandes convulsões. Todos os acontecimentos aparecem associados à demanda das jóias chamadas silmarils, forjadas pelo elfo Faenor e usurpadas por Melkor, senhor de Sauron, denominado pelo primeiro como Morgoth. A partir desse momento, Fenor e toda a sua descendência viveu com o único objetivo de os recuperar.
O livro trata de grandes acontecimentos, portanto, acaba por não ter espaço para as descrições longas e detalhadas de espaços e guerras. Nisto se distingue da famosa trilogia. Este aspeto apresenta uma consequência curiosa: tem muito “sumo”, quase tudo o que é escrito é importante ou tem impacto no entendimento da ação ou do universo de Tolkien.
Gostei muito e é um livro obrigatório para os apreciadores deste autor e do universo por ele criado. De salientar que, no final, temos como brinde um índice de nomes e notas sobre elementos da língua élfica. Um mimo.
O início da leitura deste livro representou um murro na mesa, já que 2013 e o início de 2014 foi um período muito intenso a nível familiar. Quando decidi que as leituras não podiam continuar paradas e organizei um período de tempo para elas, esta foi a opção para o recomeço. Curiosamente, um livro que tem a ver com o começo, a criação de algo. Coincidências...
E de repente fazemos uma viagem de 20 anos...
Foi aproximadamente nessa altura que a RTP 2 transmitiu as gravações dos ensaios para a tour da altura de Eric Clapton. No anúncios que divulgavam o programa falava-se brevemente da homenagem que o cantor/guitarrista queria prestar a quem inspirou a sua veia blues. Sempre gostei de blues e respeitei Eric Clapton, portanto, preparei o meu vídeo VHS e gravei o programa, amiúde revisitado.
Acabei por encontrar o CD e também o comprei.
Neste difícil 2014 voltei a ele, desta vez de forma mais sofisticada, com o tablet a reproduzir uma versão do youtube. Enfim, 20 anos mudaram o suporte tecnológico, mas não a qualidade do conteúdo e o meu prazer em o ouvir. Excelente.