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Depois de 3 meses de inverno rigoroso, os primeiros raios de sol e as temperaturas amenas são um convite irrecusável para respirar um pouco de ar puro e levar a família a almoçar à beira-rio. Num destes sábados soalheiros, o almoço foi no restaurante O Cangalho, local de boa comida tradicional, preços sem exageros, bem como carta de vinhos muito bem escolhida e com preços sensatos (sim, daqueles que convidam a que se beba vinho num restaurante sem nos sentirmos insultados por margens vergonhosas).
Uma das vantagens de estar em Vila do Conde, terra – também - de pesacadores, é que há oportunidade de se comer um peixe fresco. Veio então um robalo com um pouco mais de 2 kgs, que deliciou os 4 comensais adultos. Os prato e dia sugeriam algo fresco e, face à sensatez do preço, a escolha foi para o Muros Antigos 2012, um alvarinho by Anselmo Mendes.
Em 2013 fui com os meus amigos do 4 Horas à Mesa à Festa do Alvarinho e do Fumeiro, em Melgaço, onde provámos bastantes vinhos desta colheita. No dia, ficámos com uma forte impressão de uma colheita muito marcada pela acidez. É claro que os vinhos não são todos iguais, nem Anselmo Mendes é um produtor igual aos outros e o tempo em garrafa também faz o seu trabalho. O facto é que fiquei encantado com o vinho, uma belíssima frescura equilibrava um corpo interessante, com o lado mais vegetal e ligeiro mineral da casta a dominar um aroma concentrado e um pouco perfumado.
Vários fatores contribuem para que um vinho nos saiba bem e nem todos estão associados às características organoléticas da bebida. Um belo peixe grelhado, um dia primaveril, a companhia da família, tudo contribuiu para um momento muito agradável, em que o vinho deu o seu contributo muito especial para enriquecer o momento. Mais uma vez, esta casta mostra o seu potencial e o produtor a qualidade dos seus produtos. Um brinde a ambos por este Muros Antigos 2012, que ainda poderá ser bebido durante uns anos, e também ao Cangalho, pela forma como o disponibiliza aos seus clientes.
Vinho | Redoma | |
Tipo / Ano | Tinto 1999 | |
Castas | ||
Região | Douro | |
Produtor | Niepoort Vinhos | |
Opinião | Muito bom | |
Data Prova | Fevereiro 2014 | |
Preço |
O Natal fez juntar-se ao conjunto este Redoma, colheita 1999. O péssimo mês de janeiro não proporcionou o momento certo para a abrir, mas fevereiro arrancou melhor e, em mais um almoço de família, os comparsas destas pérolas evoluídas protagonizaram nova degustação. Estava com alguma ansiedade sobre este vinho, porque mesmo sendo de gama já média/alta, não estava com aquele descanso dos topo de gama. Abri a garrafa, servi uma pequena amostra num copo e vejo uma impressionante cor rubi imaculada: sorriso de orelha a orelha e decantador com ele, não lhe falta força para aguentar a oxigenação violenta. Na prova confirmou a boa forma, ainda com fruta madura nos aromas, um bom corpo e a frescura de uma acidez ainda bem viva. Curiosamente, o almoço estendeu-se e após 3 horas decantado mostrou-se no seu melhor, completamente polido. Uma garrafa que ainda tinha uns anos pela frente. Muito bom, um encanto.
Uma questão importante: afinal, onde comprar estas raridades? Esta veio da confeitaria Marbela, em Esposende.
Como vou recordar este vinho: Um vinho em grande forma, que mostrou ainda ter caminho para andar. Boa surpresa, embora da Niepoort se espere grande qualidade, como foi o caso.
Vinho | Quinta Roriz | |
Tipo / Ano | Tinto 1996 | |
Castas | ||
Região | Douro | |
Produtor | Quinta de Roriz | |
Opinião | Muito bom | |
Data Prova | Janeiro 2014 | |
Preço | €32,00, Garrafeira Vinho e Prazeres |
A garrafa provocava-me a cada visita à garrafeira, mas os €32,00 faziam de travão a uma compra de impulso para satisfazer a curiosidade crescente. As dúvidas sobre o estado do vinho eram relativas, porque, tratando-se de um topo de gama, a probabilidade de resistir à passagem do tempo era acima da média. De qualquer forma, há sempre um risco associado a comprar uma garrafa de uma colheita com 17 anos. Mas não estava sozinho nesta guerra e um familiar que partilha esta paixão juntou-se à causa e dividiu-se fatura e risco.
O dia da abertura finalmente chegou e com ele a primeira decisão importante: decantar ou não? Verti um pouco num copo e primeira boa impressão, uma bela cor rubi, com presença do alaranjado apenas qb; depois, um pouco de líquido na boca, onde ainda mostrava acidez e um corpo aceitável. Resultado: cumpria os critérios, logo, foi decantado para se libertar de tão longa prisão com porta de cortiça. Restou esperar pela hora de colocar os pés debaixo da mesa e usufruir deste néctar. Nariz focado nas especiarias, boca polida, com uma frescura excecional e um final enorme de sabor, elegância e encanto que só o tempo confere aos tintos. O resultado foi brilhante, um momento de puro prazer, com um néctar que não nos inspira um lençol de notas organoléticas, mas antes um momento de degustação marcante, encantador, único.
Como vou recordar este vinho:Bela evolução em garrafa, acidez fora de série. Um grande vinho, uma grande prova.
Vinho | Restrito | |
Tipo / Ano | Tinto 2010 | |
Castas | ||
Região | Douro | |
Produtor | Restrito Vinhos | |
Aspecto | Rubi, ligeiro translúcido | |
Nariz | Bem definido, fruta preta, especiarias | |
Boca | O ataque é fresco. Na boca sentimos um corpo muito interessante, crocante e muito polido; estrutura leve de taninos e boa frescura. O meio de boca á dominado pela sensação de suavidade do corpo. Termina médio, boa persistência. | |
Opinião | Muito bom | |
Data Prova | Janeiro 2014 | |
Preço | Aprox. €7,00, Garrafeira Vinho e Prazeres |
Após o grande escolha, o irmão de gama mais baixa também viu chegar a sua hora. Gostei muito deste vinho, embora no inicio tenha dado alguma luta, já que não respirou tempo suficiente antes da refeição inicar. Estava ainda um pouco forte. No entanto, completou a oxigenação no copo e mostrou todas as suas qualidades. Um belo vinho, que se bebe com muito prazer, caracterizado por uma elegância muito apelativa, que nos cativa e faz continuar a beber. É um vinho de que se gosta e ficamos a saber que o voltaremos a comprar. O preço está perfeitamente enquadrado no segmento em que, pessoalmente, coloco o vinho.
Como vou recordar este vinho: Confirma a qualidade do projeto Restrito (especialmente nos tintos). Polido, corpo acima da média, elegante, apelativo, gostei muito e fica como referência para o segmento dos €7,00-€8,00.