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No dia 20/11/2012, os leitores do Jornal de Negócios online decidiram que o analista Ulisses Pereira analisaria o PSI 20. Podem ver o vídeo aqui.
O analista manteve uma posição optimista para o nosso índice, opinião que mantém desde Maio 2012. Ressalvou, no entanto, que o PSI abaixo dos 5100 pontos faria alterar a sua opinião. Adicionalmente, informou que, à data, a variação anual era negativa em 5%, o que em bolsa “não é nada”, ou seja, altera-se muito facilmente.
Repetiu uma ideia muito divulgada de que os mercado antecipam a economia. Assim, caso a nossa bolsa mantenha, até ao final do ano, esta performance, faz a arriscada previsão de que em 2013 a recessão pode atingir valores menos gravosos do que o previsto.
É claro que há muita incerteza nesta opinião, mas é bom ouvir posições mais optimistas. De salientar que vem de uma pessoa respeitada e com mais de 20 anos de experiência nos mercados financeiros, portanto, não deve ser menosprezada.
Em termos de mera observação, há dois factos curiosos a sublinhar:
- as cotações dos bancos nacionais registaram fortes subidas desde Setembro (claro que podem sempre descer, mas nos últimos anos só desciam...);
- na semana passada, as negociações de novo pacote de ajuda à Grécia foram muito complicadas e nos mercados praticamente não houve impacto negativo.
Não tenho conhecimentos nem informações que suportem ou desmintam a análise, mas merece a nossa reflexão. Tal como se justifica acompanhar o PSI, já que, quem sabe, podemos estar num ponto de viragem.
A Quinta de Fafide situa-se perto de S. João Pesqueira (Cima Corgo), com solos xistosos e uma altitude de 500m. Este vinho foi elaborado com uvas de produção própria e parte do lote estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês. O resultado é um vinho muito interessante. A boa frescura dá-lhe presença de boca muito agradável e a suavidade global prazer na bebida. É indicado para a mesa e bem capaz de agradar a Gregos e Troianos. Relação qualidade/preço equilibrada, recomendo.
O Dão é uma pequena região com muita história e tradição em Portugal. Passou um período negro nos últimos 20 anos, mas os holofotes estão a regressar e com toda a justiça. Os vinhos têm um estilo moderno, com todas as condições para o sucesso: elegantes, frescos, frutados e com preços competitivos. Sob o signo da Touriga Nacional e do Encruzado é região para acompanhar, apostar e deixar que nos conquiste.
2 bloggers nacionais criaram um grupo no Facebook, #daowinelover, dedicado à região e não posso deixar de o recomendar e congratular os criadores/dinamizadores.
Para mais detalhes vejam o post no Pingas no Copo.
Sigam o grupo grupo aqui.
Típico douro superior com concentração, alguma doçura, mas fresco. Saboroso, proporciona prazer na prova. Teve o desafio de acompanhar uma feijoada e brilhou. Qualidade, prazer e preço tornam-no numa boa opção. Gostei e recomendo. Sugere-se decantação ou abertura bem atempada.
Vinho | Maria de Lourdes | |
Tipo / Ano | Tinto 2008 | |
Castas | Touriga Nacional (70%), Touriga Franca (30%) | |
Região | Douro | |
Produtor | CARM | |
Aspecto | Rubi | |
Nariz | Fruta madura, ligeira baunilha | |
Boca | O ataque é muito suave. Na boca mostra boas concentração, amplitude e equilíbrio. O bom corpo apresenta textura suave, taninos polidos e frescura adequada. Termina bem, guloso e elegante. | |
Opinião | Muito bom | |
Data Prova | Outubro 2012 | |
Preço |
Embora de gama alta, temos um vinho pronto a beber e não falta carácter consensual, com o seu lado mais docinho e frutado. Suave e elegante é uma escolha segura quando se quiser servir algo de qualidade e de agrado geral. Não há bela sem senão e será necessário pagar mais de €25,00 (para algumas carteiras pode não ser obstáculo, mas em geral...).
Em Outubro, a capa destacava o Alentejo, região líder em Portugal (no critério quota de mercado). Os tintos de topo estão muito bem e recomendam-se, com 44 a obterem nota mínima de 16. Mas nem só do tema de capa viveu esta edição, que se mostrou muito coesa e equilibrada. Uma daquelas edições sem uma peça que se destaca, mas que vale pelo seu todo, com interesse da primeira à última página. Muito boa.
Principais destaques:
- Óbidos, um zoom sobre esta pequena e discreta região, com histórias para contar e uma casta bandeira: Vital;
- Cockburn's, já esteve no topo do reconhecimento no capítulo Vintage e a Symington decidiu provar e partilhar muito do que fez nos últimos 117 anos. Notável;
- Quinta Vale D. Maria, outra vertical, desta vez de duas marcas de referência no Douro, Quinta Vale D. Maria e CV;
- Temperanças, o destaque é um desafio que Fernando Melo ouviu de Robert Mondavi: “escrever notas de prova que verdadeiramente interessassem às pessoas, em vez de mini-tratados de enologia escritos por não enólogos”. A forma como cada um escreve sobre vinho é muito pessoal, claro. No entanto, um profissional ou quem quer que pretenda atingir um público alargado deve reflectir muito sobre este desafio tão simples e objectivo (mesmo à americano). Eu não tenho qualquer tipo de ambições nesta área, mas o conceito não deixou de me fazer pensar. Afinal, quem está online arrisca-se a ser lido...;
- Harmonizações, é sempre um capítulo importante, desta vez com chocolate.
Mais 9 referências se juntaram à lista de sugestões de compra.
P.S. Foto retirada do site da Revista de Vinhos
Vinho | Vale da Poupa Field Blend | |
Tipo / Ano | Tinto 2009 | |
Castas | Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz | |
Região | Douro | |
Produtor | GR Consultores | |
Aspecto | Rubi fechado, brilho atractivo | |
Nariz | Frutado, floral | |
Boca | A entrada na boca é fresca e suave, antes de mostrar o seu corpo médio, com algum tanino fino e boa acidez. Com bom equilíbrio e concentração, termina médio, com acidez persistente. | |
Opinião | Bom | |
Data Prova | Outubro 2012 | |
Preço | €4,75, Garrafeira Vinhos e Prazeres |
Um vinho jovem e cheio de força de vinhas velhas do Douro (Rio Torto e Muxagata). O nariz denuncia o seu profundo carácter duriense, confirmado pela boca. Tem o seu lado mais doce, mas bem equilibrado pela frescura, o que o torna muito atractivo. Gostei muito do vinho, que se tornou um opção prioritária no segmento. Boa compra. Duas curiosidades. Já tive contacto com outros vinhos da GR Consultores (Lacrau e Crooked Vines), que me agradaram muito. É um produtor que me está a conquistar. Vi a nota de prova da RV e nem parece descrever o mesmo vinho. Tudo aponta para que o tempo entre provas tenha ajudado... Foi uma comparação interessante.
Vinho | Grand'Arte Alicante Bouschet | |
Tipo / Ano | Tinto 2009 | |
Castas | Alicante Bouschet | |
Região | Lisboa | |
Produtor | DFJ Vinhos | |
Aspecto | Grená concentrado | |
Nariz | Frutado ao abrir, especiado | |
Boca | Entra suave e transmite uma sensação de frescura pouco usual. Bom corpo, com alguma matéria, bem suave. Equilibrado, perfil sumarento, termina médio com ligeira acidez persistente. | |
Opinião | Muito Bom | |
Data Prova | Outubro 2012 | |
Preço | €6,00 com a Revista Vinhos | |
Prova RV | Muita cor, muito intenso e profundo de aroma, com notas de bagas maceradas, amoras maduras, num conjunto vibrante e especiado. Na boca apresenta-se bem encorpado, com o fruto doce compensado por boa acidez, redondo, amplo e sumarento |
Um varietal de Alicante Bouschet bem concentrado de cor e aromas. Tem um carácter fortemente especiado, com a madeira do estágio de 3 meses em carvalho francês de Allier da Seguin Moreau muito bem integrada. Há pouco tempo bebi um Mouchão (70% Alicante Bouschet) e as pontes no aroma notaram-se, parecer ser uma casta com caracterísitcas bem vincadas. É um vinho que não deixa de ser amigável e saboroso, mas também com personalidade e adequado para embates gastronómicos mais exigentes.
O Sporting é o BCP do futebol, o BCP é o Sporting da nossa bolsa.
Tenham brio e tratem de arregaçar as mangas para colocar estas instituições ao nível da sua história.
Os destaques da capa prometiam e o interior não desiludiu. A entrevista a António Osório despertou a curiosidade para um nome desconhecido, que teria dito “Não compreendo o mal. Para mim não existe.” O perfil seguro, positivo e confiante do poeta marcou esta entrevista e diferenciou-a do habitual. Os restantes conteúdos mantiveram o interesse que já esperamos, ao lado de uma mão cheia de boas sugestões de leitura, o que torna a LER uma revista muito coesa, com um nível de qualidade muito elevado. Trocando em miúdos: comprar todos os meses, porque vale a pena.
Outros destaques:
- Ler é Maçada: Pedro Mexia à volta com a borracha e a sua sucessora: a tecla delete. Pelo meio, o undo e a tremenda alegoria. Uma delícia;
- Os meus primeiros anos: excertos de José, “novela” autobiográfica agora editada, com episódios fundamentais para se conhecer melhor Rubem da Fonseca;
- Joseph Anton: uma Fatwa pode mudar a vida de alguém? Para Salman Rusdie inciou pelo nome. As memṍrias estão por aí;
- Aginter Press: novidade completa para mim, a existência de um grupo de mercenários de extrema direita sediada alguns anos em Portugal e peões de Salazar na guerra em África.
Sugestões de compra: Se Fosse Fácil Era para os Outros, de Rui Cardoso Martins; Currency Wars, de James Rickards; Ter ou não Ter – Uma Breve História da Desigualdade, de Branco Milanovic; Os Tambores da Chuva, de Jorge Skandeberg; Os Manuscritos de Aspern, de Henry James; Histórias de Londres, de Enric Gonzaléz; Até ao Fim, de Ian Kershaw.
Nesta semana tivemos acontecimentos contraditórios. Na área política, a aprovação de um orçamento castrador e recessivo é apenas a conclusão que já se esperava. Mais profundo é o movimento de refundação das funções do Estado. A área mais à direita prova, semana após semana, que os seus objectivos não se ficam pela resolução desta crise. Tem, claramente, uma agenda política de carácter liberal que está a ser implementada (ou está a tentar...). Assim, assistimos ao desafio para o PS negociar esta temática e à chegada de técnicos do FMI e do Banco Mundial para desenvolvimento do respectivo dossier.
Nem só de política se viveu e há um facto com uma carga simbólica muito grande: o BES teve sucesso no regresso aos mercados, com emissão de dívida de longo prazo não garantida pelo Estado. É um primeiro passo do nosso sistema financeiro. Este regresso é fundamental para recuperarmos autonomia face à Troika e podermos voltar a gerir o nosso destino (para o bem e para o mal). Na bolsa, a sangria das cotações dos principais bancos nacionais parece estagnada, façamos votos que a confiança esteja a encontrar algum caminho.
Mas não tenhamos ilusões, o caminho parece ainda muito longo e até algumas melhorias chegarem ao bolso da população em geral ainda há muitos sacrifícios para suportar.