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Da inesgotável fonte chamada You Tube vem esta gravação de um concerto da tour Animals. Parece-me o auge da faceta progressiva dos Pink Floyd. Infelizmente, só audio.
Vinho | Casa Passarela Reserva | |
Tipo / Ano | Tinto 2009 | |
Castas | Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen | |
Região | Dão | |
Produtor | O Abrigo da Passarela | |
Aspecto | Rubi | |
Nariz | Frutado, floral, leve especiaria | |
Boca | Entra suave na boca e logo sentimos uma boa frescura. Tem um corpo bem constituído, com taninos finos e envolvidos. O final médio e elegante segue o perfil do nariz. | |
Opinião | Bom | |
Data Prova | Outubro 2012 | |
Preço | €2,95, Continente |
Após alguns comentários em revistas e blogues, o nome Casa da Passarela estava sob o holofotes. Quando o vi no Continente não foi preciso esperar para pegar na garrafa. Mesmo com o enquadramento conseguiu surpreender. Um vinho muito bem feito, com tudo para agradar e um preço irresistível. Uma das melhores compras do ano. Recomendo vivamente. Para os mais curiosos, no blog Pingas no Copo existe um post sobre uma visita recente a este produtor.
Um tipo de vinho verde não muito fácil de encontrar. Corresponde ao perfil entrada de gama, mas mais suave e adocicado. É muito tentador, porque quase se bebe como um sumo e a garrafa acaba por se esvaziar de forma rápida. Agradável, consensual, boa compra.
Vinho | Mouchão | |
Tipo / Ano | Tinto 2003 | |
Castas | Alicante Bouschet, Trincadeira | |
Região | Alentejo | |
Produtor | Vinhos da Cavaca Dourada | |
Aspecto | Grená | |
Nariz | Complexo, fruta preta, especiarias, madeira | |
Boca | O ataque é suave. Quando passeia na boca, mostra o seu corpo carnudo e envolvente, com os taninos já polidos e alguma frescura. O final é longo, com boa persistência. Uma acidez muito bem integrada dá-lhe uma elegância que é a cereja no topo do bolo. | |
Opinião | Excelente | |
Data Prova | Outubro 2012 | |
Preço |
Este Mouchão lembrou o objectivo de ter algumas garrafas a descansar na cave. Um vinho onde tudo está integrado e equilibrado, os aromas terciários transmitem sensações diferentes, mantém-se encorpado e suave, a elegância está encantadora. Em grande forma, excelente. Acompanhou um frango no forno - com um molho béchamel muito guloso - resultando numa parceria encantadora. São momentos destes que alimentam paixões pelo vinho, quando o prazer da combinação de uma bebida suave e saborosa com um prato delicioso é puro deleite. Deleite num patamar que, reconheçamos, só com vinho se consegue atingir.
Vinho | Borba Premium | |
Tipo / Ano | Tinto 2010 | |
Castas | Trincadeira, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet | |
Região | Alentejo | |
Produtor | Adega de Borba | |
Aspecto | Grená fechado | |
Nariz | Fruta madura | |
Boca | Entra suave e guloso. Sentimos o bom corpo suave e uns taninos maduros. Termina médio, com a fruta a dominar e acidez persistente. | |
Opinião | Muito bom | |
Data Prova | Outubro 2012 | |
Preço | €5,.., Pingo Doce |
Proveniente das vinhas mais antigas da região, a fermentação acontece em inox, mas repousa a posteriori 6 meses em barricas de carvalho Francês, Americano e castanho. Após engarrafamento, ainda descansa 6 meses em garrafa antes de sair para o mercado.
O início não foi fácil, já que a abertura da garrafa não aconteceu com a antecedência necessária e a acidez marcava muito a prova. Respirou no copo e foi ao sítio. Frutado e guloso é um vinho para agradar. A minha experiência com o de 2008 foi mais agradável, dado o perfil mais seco, mas também gostei deste 2010. Sugere-se abertura bem antecipada, se possível decantação.
Há uma diversidade notável nas mensagens que recebemos no nosso mail. Esta semana recebi, de novo, uma citação atribuída à filósofa de origem Russa Ayn Rand:
"quando se perceber que, para produzir precisa de uma autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negoceia não com bens mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e pela influencia mais que pelo trabalho, e que as leis não os condenam mas os protegem; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem receio de errar, que a sociedade está condenada"
Esta reflexão tem um aspecto curioso. Em conjunturas económicas mais prósperas há tendência para encolher os ombros e despachá-la como mais um lirismo. Quando passamos por uma crise como a actual ganha novos contornos, porque precisamos de PIB e não temos. Percebemos que gerir países com base em dívida pode ser inevitável, mas, quando o endividamento não origina PIB sustentável, leva a crises cíclicas graves.
Dado termos indicadores em % do PIB, vemos que estamos à porta de um ciclo vicioso de austeridade que origina recessão que exige mais austeridade que aprofunda a recessão...
Enfim... Gostaria de pensar que vamos aprender com esta crise, mas já é a terceira presença do FMI por cá, pelo que não estou muito optimista neste aspecto.
Vinho | Prova Régia Premium | |
Tipo / Ano | Branco 2011 | |
Castas | Arinto | |
Região | Bucelas | |
Produtor | Quinta da Romeira | |
Aspecto | Amarelo citrino | |
Nariz | Frutado (tropical, citrinos) | |
Boca | Entra fresco na boca, com textura suave e corpo médio. Mantém-se delicado e mostra boa acidez bem integrada. Final médio e elegante. | |
Opinião | Bom | |
Data Prova | Outubro 2012 | |
Preço | €5,50, Garraf. Vinhos e Prazeres |
Quando bebemos um arinto esperamos frescura e perfil delicado. É o que este vinho tem para nos oferecer, mais o aspecto consensual que permite sair-se bem em mesas de gosto diversificado. É versátil à mesa, onde acompanha saladas, peixes ou carnes brancas. Com um folhado de frango esteve muito bem. Fresco, suave e agradável, gostei.
Vinho | Papa Figos | |
Tipo / Ano | Tinto 2010 | |
Castas | Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca | |
Região | Douro | |
Produtor | Sogrape Vinhos | |
Aspecto | Violáceo intenso | |
Nariz | Floral, fruta preta | |
Boca | O ataque é suave e no meio-de-boca percebemos um corpo bem constituído. Por aqui não moram taninos, logo nem sinal de adstringência. Com madeira bem integrada, segue o perfil do nariz até ao final médio, suave, sumarento, com leve acidez persistente. | |
Opinião | Muito bom | |
Data Prova | Setembro 2012 | |
Preço | Ronda €6,00, Garraf. Vinhos e Prazeres |
É um vinho pensado para ser consumido enquanto jovem. O processo de vinificação foi essencialmente em inox, apenas 20% do lote estagiou em barricas usadas de carvalho francês.
A Sogrape também entrou no segmento dos vinhos sem taninos, com este perfil que lembra um sumo com upgrade. Bebido num almoço de família, posso dizer que funcionou muito bem. Foi aprovado e pouco sobrou para contar a história. Esteve à altura de uma feijoada, com a boa frescura/acidez a bater-se muito bem. É um vinho consensual, pronto a agradar. Dentro deste perfil, que não me seduz em especial, foi dos que mais gostei. Também disponível em hipermercados.
No início é muito prometedor, com boa cor e um nariz atractivo. Na boca, mantém boa frescura e começa a entusiasmar com a boa forma de um branco de 2007 (sendo gama alta não é de surpreender, mas...). No final, com o amargor persistente, o entusiasmo esfriou. Está muito bom, mas não é possível deixar de ficar com um… amargo de boca, após o que prometia no início.
Está mais que demonstrado que a receita da troika para resolver a crise das dívidas soberanas está a empobrecer países; a criar instabilidade social, económica e política; bem como a encaminhar-nos para o fim da moeda única. O resgate a Espanha aproxima-se a passos largos, a Grécia está afundada num pântano e Portugal está à deriva.
O nosso país, neste momento, está às portas de uma crise política, com o Governo cheio de fissuras, a coligação moribunda e os partidos do governo divididos (mais o PSD, já que o CDS está mais unido contra muitas medidas do Governo). Não se vê a luz ao fundo do túnel, só austeridade, austeridade, austeridade... Um coro de vozes experientes alerta para todos os perigos deste caminho. Quando Mário Soares exorta Paulo Portas a sair do Governo é chamado de senil e, no entanto, os media dizem-nos que o CDS esteve a discutir esse cenário, certamente face às prepotência e rigidez do parceiro de coligação.
E alternativas? Há argumentos que podem parecer básicos e populistas, mas, no final do dia, a verdade é que temos muitos especialistas pagos a peso de ouro e chegou a hora de demonstrarem que esse ouro é um investimento na melhoria das condições de vida das populações. A nível nacional e Europeu. Já só apelo aos técnicos, porque aos políticos...
Vinho | Quinta da Alorna Reserva | |
Tipo / Ano | Branco 2011 | |
Castas | Arinto, Chardonnay | |
Região | Tejo | |
Produtor | Quinta da Alorna | |
Aspecto | Citrino concentrado | |
Nariz | Frutado, nuances do estágio em madeira | |
Boca | As primeiras sensações são de suavidade e frescura. Quando passeia pela boca, percebemos a boa acidez bem integrada, a textura suave e algum volume de corpo. O equilíbrio destaca-se, com a acidez a compor um tropical mais doce. Termina médio e suave. | |
Opinião | Muito bom | |
Data Prova | Setembro 2012 | |
Preço | €5,75, Garrafeira Nacional |
As uvas chegaram dos 280 hectares de vinha da Quinta da Alorna. Vinificadas em separado, o Arinto fermentou em inox, enquanto que o Chardonnay teve direito a barricas novas de carvalho francês e estágio de 3 meses sobre borras finas.
Um vinho com tudo no sítio. Com todas as componentes bem ligadas, torna-se coeso; o equilíbrio torna-o delicioso. Mais uma garrafa que só se parou de beber porque estava no fim. Muito bom, boa compra. Gostei muito e recomendo.
Estava quase a completar 12 anos após a colheita e candidato a um longo estágio na prateleira, fruto das tendências actuais. Pois veio parar à mesa de um almoço de sábado e esteve à altura. Não tem a fruta dos mais jovens, mas elegância e delicadeza é com ele. Gostei muito, mas é vinho para apreciadores de alguma evolução.
Conseguimos sentir a fruta branca do encruzado e os citrinos da malvasia, o que aponta para um vinho em integração, pelo que aposto numa evolução favorável nos próximos tempos. De boa qualidade, a presença de boca seduz, fruto do volume e suavidade do corpo. O final é quase elegante, apenas um ligeiro pico de acidez o separa disso. É um belo vinho, só parámos de o beber porque a hora era tardia e a garrafa estava quase vazia. Recomendo.
A RV de Setembro não foi propriamente entusiasmante, mas consegue trazer sempre peças interessantes nos aspectos pedagógico, opinião ou provas que valem o investimento de €4,00.
A capa não deixou os créditos por mãos alheias e anunciou o melhor que iríamos encontrar no interior: brancos com carácter, mais de 70 vinhos de grande nível. A introdução ao painel refere a tendência para aumento de procura de brancos e um perfil de vinho menos marcado pela madeira. As provas mostram quase todos no nível muito bom e uns quantos com preço abaixo de €10,00. Assim, temos oferta de brancos de topo para vários orçamentos.
Mais alguns destaques:
- Solar do Loureiro, a casta Loureiro está a ganhar notoriedade (ou estão a tentar dar-lhe notoriedade) e é na região dos vinhos verdes que brilha. Muito interessante;
- Vertical Poças, uma vertical de Portos Colheita invejável;
- Sopas, açordas e migas, está aqui por motivos emocionais. São aquelas recordações de infância que saltam do baú ao virar de uma página.
Naturalmente, as referências para procurar nas prateleiras foram imensas: 17. Felizmente para a carteira não são fáceis de encontrar, mas infelizmente o apreciador fica com água na boca (quando preferia vinho...).
Mais uma descoberta no VH1, os Marretas fazem uma versão da mítica música dos Queen. Delicioso.