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Vinho | Quinta Fafide |
Tipo / Ano | Branco 2010 |
Castas | Códega Larinho, Fernão Pires, Rabigato |
Região | Douro |
Produtor | Quinta Fafide |
Aspecto | Amarelo palha |
Nariz | Um pouco fechado, citrino, frutado, mineral |
Boca | Apresenta-se suave, com boa frescura e corpo médio. Segue o perfil do nariz até ao final médio, com a acidez a dar vida. |
Nota | 15 |
Data Prova | Julho 2012 |
Preço | 3,50 € |
Um vinho consensual, desenhado para agradar. Tem um perfil mais doce do que seco, que se acentua ao aquecer no copo. Ao abrir é mais cítrico e frutado, só mais tarde aparece o mineral. Não sendo entusiasmante, pode ser servido com segurança, que é quase certo agradar. Tem boa relação qualidade / preço, boa compra.
14 de Julho foi um dia magnífico, com a visita às instalações do produtor Bairradino Sidónio de Sousa na companhia dos meus amigos do 4 Horas à Mesa.
Para saber como foi, basta clicar aqui.
Vinho | Espinhosos |
Tipo / Ano | Branco 2011 |
Castas | Avesso, Chardonnay |
Região | Regional Minho |
Produtor | A&D Serviços e Investimentos |
Aspecto | Amarelo |
Nariz | Frutado (branca, tropical, uva), mineral |
Boca | Começa por mostrar o seu corpo estruturado e com volume, assim como a sua textura cremosa e frescura média. Passeia-se na boca a espalhar sensações agradáveis por onde passa. O final não é longo, embora tenha boa persistência, com o retronasal frutado. A acidez confere vivacidade e apetência gastronómica. |
Nota | 16,5 |
Data Prova | Julho 2012 |
Preço | €6,80, Garrafeira do Jofre |
O projecto tem raízes em Baião, na propriedade familiar Casa do Arrabalde, a que se juntou, em 2005, a Quinta Espinhosos. Reestruturadas as vinhas, as primeiras garrafas saem para o mercado em 2007 e 2009, respectivamente. Este vinho tem origem em uvas da Quinta dos Espinhosos, plantadas em solo granítico a uma altitude de 450 m.
O resultado é um verde diferente. O corpo volumoso e crocante, e a acidez média distinguem-no num primeiro impacto, mas também os aromas possuem um carácter muito próprio (fruta muito limpa). Parece ainda em afinação, mas já foi um grande prazer bebê-lo, pelo que recuperá-lo no início do Outono será mais do que adequado. Há vinhos que marcam, que se diferenciam, não se encaminham para o lote indiferenciado das memórias das dezenas de vinhos provados. Este é um deles, convida-nos a voltar e pagar os merecidos €6,80. Não se acompanhe com saladas, porque tem tudo para ligar com pratos de tacho ou forno; nem muita pressa no consumo, porque Setembro está já aí. Uma revelação e um vinho a não perder em 2012/13. Uma sugestão cirúrgica da Garrafeira do Jofre.
Vinho | Quinta dos Poços Colheita |
Tipo / Ano | Tinto 2008 |
Castas | Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca |
Região | Douro |
Produtor | Soc. Agrícola José Mesquita Guimarães |
Aspecto | Rubi, bordo violáceo |
Nariz | Frutos vermelhos e pretos, lig especiaria |
Boca | O ataque transmite boa frescura, mas alguma fluidez. No meio-de-boca o seu corpo médio mostra suavidade e a sua constituição. A estrutura de taninos é leve, confirmada por um final com a boa acidez a dar-lhe comprimento bem razoável e persistência média, seguindo o perfil do nariz. |
Nota | 15 |
Data Prova | Julho 2012 |
Preço | €4,90, Garrafeira das Artes |
A Quinta do Poços situa-se na Vila de Valdigem, Lamego, sub-região baixo corgo, zona classificada como Património da Humanidade. Tem 25 hectares de vinha, dos quais 21 são mecanizados, o que no Douro é de salientar.
Este colheita teve estágio parcial em barricas de carvalho Francês, mas mantém-se um vinho leve e fresco, embora com corpo razoável. É uma boa opção para o verão, já que não perdemos muito em servi-lo a 14/15 graus. Relação qualidade/preço equilibrada. Faz lembrar o concorrente/parceiro Bafarela, embora se distinga nos pormenores (um pouco menos de corpo, algo mais complexo nos aromas).
Vinho | Rubrica |
Tipo / Ano | Branco 2009 |
Castas | Antão Vaz, Verdelho, Viognier |
Região | Regional Alentejano |
Produtor | Luis Duarte Vinhos |
Aspecto | Amarelo |
Nariz | Complexo, vinoso, mineral, fruta branca |
Boca | Começa por mostrar corpo médio e suave, não especialmente fresco. No meio palato tem uma presença agradável e discreta, opta por se mostrar mais no final. O bom final já nos mostra acidez mais viva, com um toque amargo a pedir comida. Bem equilibrado. |
Nota | 16,5 |
Data Prova | Julho 2012 |
Preço | €7,00-€8,00 Garrafeira Vinhos e Prazeres |
Um vinho complexo e com carácter que foi um desafio degustar. Fiquei com a sensação que não tenho “arcaboiço” para ele, embora reconheça o carácter e um perfil único e desafiante. Não é o que procuramos? Então vamos a ele! Recomendo.
Vinho | Conde D'Ervideira |
Tipo / Ano | Tinto 2010 |
Castas | Trincadeira, Aragonez, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon |
Região | Alentejo |
Produtor | Ervideira |
Aspecto | Violáceo concentrado, quase opaco |
Nariz | Fruta preta, madeira, especiarias, ligeiro vegetal |
Boca | Corpo médio, taninos com ligeira aresta, boa acidez. Não sendo particularmente encorpado, a estrutura de taninos destaca-se, com uma presença dominadora. Enquanto abria ficava mais redondo, sem nunca deixar o seu perfil seco. A boca confirma o nariz, até ao final médio |
Nota | 16,5 |
Data Prova | Junho 2012 |
Preço | €6,00 com a Revista Vinhos |
Prova RV | Feito a partir de um lote onde entraram as castas Aragonez, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon. No nariz revela-se muito intenso, cheio de fruto fresco e bonito, amparado por fumados de madeira. Bastante atractivo na boca, com frutos de grande qualidade, amoras e framboesas, deliciosa acidez no final leve e fresco. |
A Ervidideira é propriedade da família Leal da Costa, descente do Conde de Ervideira, cuja produção tem origem nas uvas das Herdades Monte da Ribeira e Herdadinha. A área total ronda os 160 ha, com 110 na Vidigueira e 50 em Reguengos
As castas deste vinho foram vinificadas de forma autónoma, ao que se seguiu o estágio do lote durante 8 meses em barricas de carvalho francês (predomínio). Antes de sair para o mercado ainda afinou em garrafa um ano. Seco e concentrado, temos um vinho com carácter e madeira bem trabalhada, que contribui para a complexidade sem marcar. Estrutura e acidez interessantes, que podem indiciar longevidade. Muito bom, com qualidade. Para consumo imediato sugere-se abertura atempada ou decantação.
Vinho | Fagote Reserva |
Tipo / Ano | Branco 2011 |
Castas | Malvasia Fina, Viosinho, Rabigato |
Região | Douro |
Produtor | Companhia Vinhos do Douro |
Aspecto | Amarelo citrino |
Nariz | Algo fechado, mineral, fruta branca, ligeiro citrino |
Boca | O seu corpo médio, de textura suave, transmite uma agradável sensação de aconchego, conforto. Não prima pela frescura, talvez envolvida por outros componentes. Não falta, no entanto, acidez, que se mostra para dar vida ao final médio, suave, com os citrinos a aparecerem mais. |
Nota | 15 |
Data Prova | Julho 2012 |
Preço | €4,85, Garrafeira Tio Pepe |
Conheci alguns vinhos deste produtor numa prova na Garrafeira Tio Pepe. Gostei muito e trouxe este entrada de gama para beber em casa. Temos um vinho bem agradável, que me parece estar em integração e atingirá o auge em pouco tempo. Ainda algo contido, aposta nas suavidade e elegância, com o perfil Douro presente. Relação qualidade/preço equilibrada. Ficou a vontade de voltar a prová-lo daqui a uns meses.
Vinho | Bafarela Reserva |
Tipo / Ano | Tinto 2010 |
Castas | Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Amarela, Tinta Roriz |
Região | Douro |
Produtor | Brites e Aguiar |
Aspecto | Rubi, nuances violáceas |
Nariz | Floral, frutos vermelhos, chocolate |
Boca | Bom corpo, taninos discretos, boa acidez. Na boca destaca-se a corpo bem constituído, suave e fresco, com perfil mais doce do que seco. O final é dominado pela acidez, com o perfil do nariz, com bons comprimento e persistência. |
Nota | 15,5 |
Data Prova | Julho 2012 |
Preço | €5,40, Garrafeira das Artes |
A casa agrícola da família localiza-se em Várzea de Trevões, concelho S. J. Pesqueira, sub-região Cima Corgo. Os seu respeitáveis 190 ha de área são dominados pela vinha, que se estende pelas encostas junto ao Rio Torto e Ribeira de Galegos.
O vinho está jovem, mas em condições de proporcionar prazer. Nesta altura sugiro guarda, mas bem arejado mostra as suas qualidades. O estágio em madeira contribuiu para suavizar a maior exuberância da versão colheita, mas não senti contributo substancial na complexidade. Com boa relação qualidade/preço, sugiro compra para guardar 2/3 anos.
Em Junho, o Dão foi o grande destaque na Revista de Vinhos. Um artigo sobre a região e uma painel de prova que ascendeu a 40 tintos. Tenho impressão que todas as pessoas que acompanham a realidade do vinho em Portugal acreditam no Dão e identificam factores que podem contribuir para um grande sucesso. Nesta edição, tal volta a acontecer. A certa altura lemos sobre o terroir “que muitos defendem ser o melhor do país.”; depois temos um fecho de peça notável: “...fazendo o que sempre fez e sabe fazer: vinhos frescos e elegantes, de aromas fragantes, sabores vivos, texturas sedosas e com grande capacidade de envelhecimento.” Se alguém perguntasse o que se procura actualmente num vinho, a resposta incluiria certamente muito do que é dito na frase anterior. Depois vem a pergunta difícil: então qual o motivo para o Dão não ter o devido reconhecimento?
No global, voltámos a ter uma edição de grande interesse, da primeira à última página. Destaque, também, para:
- Mapa das castas, também em Portugal se fez a análise dos últimos 4 anos de reestruturação das vinhas, tema relacionado com este post. Informação muito interessante sobre o que no futuro vamos beber por cá;
- Licorosos, nem só de Porto, Madeira e Moscatel vivemos, quando o tema é fortificados. Há licorosos que merecem atenção, com preços bem interessantes;
- Contra-corrente, João Afonso aborda o outro lado da moeda sobre a questão de termos o melhor peixe do mundo. Podemos ter o melhor, mas não o consumimos. Caso para lembrar o ditado da casa de ferreiro...?;
- Lançamentos; cerca de 20 páginas com muitas novidades bem interessantes.
- Barca Velha, a RV recebeu o 2004 com passadeira vermelha: 19 pontos.
Mais 18 vinhos anotados para possível compra.
Vinho | Quinta da Mata Maceda |
Tipo / Ano | Tinto 2001 |
Castas | Tinto Cão, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Nacional |
Região | Douro |
Produtor | Jorge Bernardo Lacerda Queiroz |
Aspecto | Rubi concentrado, quase opaco |
Nariz | Madeira velha, frutos vermelhos, especiarias |
Boca | Bom corpo, taninos maduros, acidez média. Corpo bem constituído, que dá volume na boca, e suave. Final longo, com boa persistência, em que a fruta tem mais protagonismo do que no nariz. Aparece, no entanto, um amargor que parece acidez volátil a prejudicar um pouco a prova. |
Nota | 15,5 |
Data Prova | Junho 2012 |
Preço | Inf a €10,00, Garrafeira Vinhos e Prazeres |
Abrir uma garrafa de 2001 já nos deixa expectantes com o que vamos encontrar. Os primeiros sintomas prometiam, com o aroma dentro da expectativa e uma cor em grande forma, rubi bem carregado, nada alaranjado. Após uma primeira avaliação decidi decantá-lo, pois parecia ter solidez na estrutura e o aroma pedia oxigénio. Foi abrindo e mostrou-se muito bem, excepto a acidez final que deu mais luta para suavizar, mas esteve bem aceitável. Já entramos num registo de degustação de vinhos com evolução, portanto, não se espere que seja consensual. É muito recomendável para quem tem curiosidade com o efeito do tempo no vinho, dada a resistência que mostrou e os indícios de que ainda tem anos pela frente. Esta garrafa foi bebida com prazer, a acompanhar um bacalhau no forno, e a surpresa proporcionada pela boa forma do néctar foi motivo de satisfação adicional.
Vinho | Quinta de Pancas Sel. Enólogo |
Tipo / Ano | Tinto 2008 |
Castas | Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet |
Região | Regional Lisboa |
Produtor | Companhia das Quintas |
Aspecto | Grená fechado, quase opaco |
Nariz | Fruta preta, floral, chocolate preto, vegetal |
Boca | Corpo médio, taninos finos e redondos, acidez média. Presença leve na boca, que o torna amigável, sem perder um bom equilíbrio e uma estrutura de taninos interessante. Final médio, seco, com o perfil do nariz. |
Nota | 15,5 |
Data Prova | Junho 2012 |
Preço | €4,90, Garrafeira Tio Pepe |
Situada perto da aldeia de Pancas, Alenquer, a Quinta de Pancas tem cerca de 50 hectares de vinha. Foi adquirida pela Companhia das Quintas à família Guimarães, proprietária centenária, em 2006.
A vinificação cuidada e o estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês originaram um vinho muito interessante, ao mesmo tempo amigável e com alguma complexidade. Acompanha bem uma refeição e apresenta uma boa relação qualidade/preço. Recomendo.
Vinho | Filoco |
Tipo / Ano | Tinto 2009 |
Castas | Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz |
Região | Douro |
Produtor | Soc. Vitícola Foz Távora |
Aspecto | Rubi, nuances violáceas |
Nariz | Fruta madura, compotas, notas estágio madeira |
Boca | Bom corpo, boa acidez. Boa presença de boca, onde o seu corpo quase carnudo apresenta textura bem suave e deixa sensações adocicadas e de algum volume. A ausência de estrutura de taninos contribui para o polimento global. Final médio. |
Nota | 16 |
Data Prova | Junho 2012 |
Preço | €6,00 com a Revista Vinhos |
Prova RV | O vinho provém dos 130 hectares de vinha que a família Macedo tem nas margens dos rios Douro e Távora, no coração do Cima Corgo. Este Filoco, produzido a partir de uvas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz revela uma cor intensa e um aroma exuberante a frutos silvestres, esteva com um toque mineral. Muito jovem ainda mas já bem sumarento e rico, com taninos maduros, tudo bastante equilibrado e cheio de sabor. |
Um vinho muito amigável, pela suavidade e carácter mais doce do que seco, cujo corpo compensa a falta de estrutura de taninos. No início, alguma acidez espevita o final, mas após ½ hora no decanter revelou a elegância. Pelo corpo e boa fruta atinge o muito bom, mas não é um vinho marcante. Perfil bem duriense nos aromas e sabores. Curiosamente, as caracterísitcas organolépticas do vinho apenas ocupam metade da nota de prova da RV, o que não deixa de ter algum significado.