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Vinho | Altano Quinta do Ataíde Reserva |
Tipo / Ano | Tinto 2008 |
Castas | Touriga Nacional |
Região | Douro |
Produtor | Symington Family Estates |
Aspecto | Grená opaco |
Nariz | Complexo, fruta preta, fumados, madeira |
Boca | Encorpado, taninos polidos, boa acidez. O corpo carnudo confere volume à prova, enche a boca, ao mesmo tempo que a boa estrutura de taninos parece ter uma bolha protectora de componentes fenóĺicos que os tornam polidos. Equilibrado, madeira muito bem integrada, mantém o registo concentrado do nariz até ao final longo, persistente e elegante. |
Nota | 17 |
Data Prova | Março 2012 |
Preço | €8,99, Pingo Doce |
A Quinta do Ataíde situa-se no Vale da Vilariça, Vila Flor, distrito de Bragança, enquadrada na Região Demarcada do Douro, sub-região Douro Superior. Possui 82 ha de vinha, dos quais cerca de 20 são de Touriga Nacional, plantada em finais da década de 70 / início década 80. As uvas fermentaram em cubas de inox e estagiaram 10 meses em barricas de carvalho francês de 400 L, até ao engarrafamento em Setembro 2009.
Beber este Quinta do Ataíde é um prazer. A complexidade de aromas capta a nossa atenção, o corpo quase mastigável impressiona, as suavidade e elegância dão o toque final de satisfação. Um belo vinho, mais um Touriga Nacional muito bom. Entre dezenas de provas de vinho, este pertence ao grupo dos que ficam na memória. Naturalmente, boa compra. Acompanhou um coelho panado.
Vinho | Porto Ferreira |
Tipo / Ano | LBV 2007 |
Castas | Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Amarela |
Região | Vinho do Porto |
Produtor | Sogrape Vinhos |
Aspecto | Retinto |
Nariz | Frutos vermelhos e pretos, vegetal, terra |
Boca | Encorpado, taninos redondos, boa acidez. Bem equilibrado, apresenta-se concentrado, cheio de fruta saborosa e suave. Desliza suavemente pela boca e espalha prazer por onde passa. Final longo e persistente. |
Nota | 17 |
Data Prova | Março 2012 |
Preço | Aprox. €13,00, Continente |
Este LBV nasce de uvas colhidas nos 76 ha de vinha da Quinta Leda - V.N Foz Côa e berço do Barca Velha - fermentadas em lagares e cubas de inox. Após transporte, estagiaram 4 anos em pipas de carvalho em V.N. Gaia, altura em que foi feito o lote para engarrafar.
Há, sem dúvida, LBV que são muito boas compras. É claro que uma degustação mais apurada não encontra a complexidade misteriosa dos Vintage, mas uma degustação focada no prazer da prova encontra aqui um Porto muito bom, pronto para nos encantar e proporcionar bons momentos. Gostei muito e recomendo.
Vinho | Poeira |
Tipo / Ano | Tinto 2006 |
Castas | |
Região | Douro |
Produtor | Jorge Moreira |
Aspecto | Rubi concentrado |
Nariz | Frutos vermelhos e pretos, floral, tosta, nuances madeira |
Boca | Encorpado, taninos finos, boa acidez. Muito boa estrutura de taninos, bem amparados por outros componentes que conferem suavidade e os arredondam. Ainda predomina a fruta, inclusive no final longo e persistente. |
Nota | 17 |
Data Prova | Março 2012 |
Preço |
Quando abrimos um Poeira as expectativas são bem altas e este não desiludiu. Em boa forma, a fruta de grande qualidade é a imagem de marca. Não sendo muito conversador, mostra a sua grande qualidade e um potencial de longevidade com muito prazer para dar. Um vinho de alto nível e carácter.
Até o meu pirralho de 4 anos adora, daí o post.
Vinho | Herdade do Sobroso |
Tipo / Ano | Tinto 2008 |
Castas | Aragonez (30%), Trincadeira (30%), Alic. Bouschet (20%), Alfrocheiro (20%) |
Região | Alentejo |
Produtor | Herdade do Sobroso |
Aspecto | Rubi, algo concentrado |
Nariz | Fruta madura, madeira, especiarias, chocolate |
Boca | Bom corpo, taninos polidos, acidez média. Redondo e polido, o seu corpo dá-lhe volume de boca, com a fruta saborosa, madura e intensa a dominar o palato. Tem um bom final suave e frutado, onde algumas nuances de café ainda se mostram. |
Nota | 16 |
Data Prova | Março 2012 |
Preço | €6,00 com a Revista Vinhos |
Prova RV | O vinho apresenta um bom desenho aromático, com evidentes notas defruta madura, uma leve percepção vegetal e de madeira, mas tudo bem equilibrado e balanceado. Na boca apresenta-se equilibrado e macio, pronto a beber mas com estrutura que lhe dá corpo. Boa aptidão gastronómica. |
Localizada no concelho da Vidigueira, a Herdade do Sobroso tem uma área de 1600 hectares que permite aliar a produção de vinho ao enoturismo. Encontra-se, portanto, na sub-região da Vidigueira. Com origem em videiras plantadas num solo franco-argiloso, este vinho foi vinificado em cubas de inox, com estágio posterior de 14 meses em pipas de 500 litros de carvalho francês allier e mais 9 em garrafa.
É um vinho muito bom, apresenta a suavidade com que o Alentejo conquistou o mercado nacional. Concentrado de aromas e sabores, é muito agradável na boca e proporciona momentos de muito prazer. Tem qualidade e perfil consensual, pronto a brilhar à mesa.
Vinho | Fraga Galhofa Reserva |
Tipo / Ano | Tinto 2008 |
Castas | Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca |
Região | Douro |
Produtor | Vinilourenço |
Aspecto | Violáceo concentrado |
Nariz | Frutos vermelhos e pretos |
Boca | Corpo médio, acidez média, taninos polidos. Agradável, concentrado e focado na fruta, é também suave e amigável na prova. Com uma estrutura de taninos algo leve, ganha em elegância. Ainda sentimos um toque de café, num retronasal com alguma complexidade. Final médio, seco e quase elegante. |
Nota | 16 |
Data Prova | Março 2012 |
Preço | PVP €6,00 |
De um produtor localizado em Poço do Canto, concelho de Mêda, chega este vinho produzido com uvas das zonas de Pocinho e Meda englobadas na sub-região Douro Superior, que se mostra na concentração de aromas e sabores. Um vinho bem agradável, com muito boa bebida, suave, frutado e amigável. A suavidade quase elegante torna-o adequado a um momento de convívio, em que a garrafa se esvazia com o decorrer da conversa. Consegue, também, alguma personalidade e complexidade, que o torna também interessante para os enófilos mais aguerridos (o estágio parcial de 6 meses em barricas de carvalho certamente ajudou). Boa compra, que recomendo, com relação preço/qualidade interessante. Importante abrir uma boa meia hora antes de servir
Da colecção Mil Folhas, o último livro que li foi A Costa dos Murmúrios, de Lídia Jorge. Foi o primeiro grande sucesso da autora, cujo aspecto mais realçado pela crítica é a abordagem da guerra colonial e as denúncias a esta associadas (temas raros na literatura Portuguesa, diz-se por aí).
Eu senti o livro essencialmente na sua vertente literária. Há uma grande afinidade entre a estrutura do livro e o estilo de Lídia Jorge. No primeiro capítulo é-nos apresentado um conto sobre o dia do casamento dos protagonistas e a partir daí temos a Eva Lopo como narradora, que parece estar a rever o conto com quem o escreveu. Assim, ao longo do livro temos todas as histórias e detalhes omissos no conto Os Gafanhotos, aspecto análogo à escrita de Lídia Jorge, que se apresenta rendilhada e minuciosa ao descrever as diversas peripécias do enredo. Temos, assim, um livro com ritmo de uma regularidade que parece marcada por um metrónomo; apenas acelera no final, como é normal que aconteça. Luís, o noivo, é a personagem mais referida pelos críticos, que a consideram uma imagem do país. Não chego a essa sofisticação analítica, mas parece-me o espelho claro do impacto da guerra nos combatentes (a par do seu heróico tenente). O mesmo papel parece ter sido reservado às respectivas esposas.
Na componente temática, admito que a Literatura Portuguesa não tenha exemplos suficientes de livros sobre a guerra colonial (não tenho opinião, porque sou leigo na matéria), mas entendo que só os mais ingénuos consigam ficar chocados ou até surpreendidos com as denúncias apresentadas. Pessoalmente, vejo a guerra como um palco em que o ser humano facilmente liberta os demónios reprimidos numa vivência pacífica e estável. Porque os temos latentes, se somos colocados numa situação de vida ou morte é fácil que se manifestem. Às vezes penso como reagiria se tivesse dificuldades em ter habitação e comida na mesa para a família; num cenário em que se mata para não morrer, ou seja, o expoente máximo de uma situação limite... Este parágrafo representa dos melhores parabéns possíveis à autora, afinal, os objectivos da literatura não passam pelo estímulo à reflexão?
Na fase final, a autora desperta-nos para a questão da memória. Por um lado, é um livro de denúncia e portanto pretende que algo não seja esquecido; por outro lado, a protagonista transmite que há coisas que é preferível esquecer, que é necessário esquecer para seguir em frente.
O título remete para a localização geográfica, a Beira, em Moçambique, referida várias como a costa, e a palavra murmúrios aparece em duas passagens, das quais destaquei uma, justamente a que me parece mais passível de ter contribuído para o título.
Bom livro, gostei de o ler, sendo boa sugestão de leitura para quem procura nos livros algo mais do que uma história.
Na Wine de Fevereiro aparecem as primeiras peças com carimbo Brasil, com Salvador da Bahia como base. Consequências naturais da “exportação”. De resto, voltamos a ter uma edição pragmática e objectiva, focada nos seus pontos fortes. Diminuiu o número de páginas, mas, como se diz de alguns vinhos, ganha em concentração, ou seja, qualidade por cm2. Assim, torna-se bem mais coesa, uma boa opção.
Em termos de conteúdos preferidos tivemos::
- Casta, Tinta Carvalha;
- Vinhos do Canadá, conhecido pelo Ice Wine, este país tão frio e a norte regista um crescimento de realçar na produção de vinhos. Uma novidade;
- Ruinart, uma reportagem em França, nas caves da Ruinart. É preciso dizer mais?
- Vertical Pintas, começou em 2001 e a Wine provou-os todos. Resultado: entre 17 e 19. Portugal e Douro, grandes vinhos (não só Douro, mas neste caso sim).
Boa safra, com 11 sugestões de compra anotadas.
Vinho | Quinta Saes |
Tipo / Ano | Rosé 2010 |
Castas | Touriga Nacional, Alfrocheiro |
Região | Dão |
Produtor | Quinta da Pellada |
Aspecto | Salmão |
Nariz | Frutos vermelhos, floral, vegetal |
Boca | Corpo médio, acidez média. Mantém-se fresco, embora denote algum cansaço, com a fruta ténue e o floral evoluído a denunciarem. Final médio |
Nota | 14,5 |
Data Prova | Março 2012 |
Preço | €5,19, Garrafeira Vinhos e Prazeres |
A Quinta de Saes é centenária, com registos de existência no Séc. XIII e de actividade agrícola no Séc. XVI. Localiza-se perto de Vila Nova de Tazém, concelho de Gouveia, enquadrada na sub-região Serra da Estrela.
No momento da compra estava consciente que a opção era arriscada, mas o Dão é região de vinhos com boa acidez e o produtor (do ano 2011 para a RV) justifica o risco, portanto, peguei na garrafa para o jantar de um sábado. Bem fresco ainda se bebe com prazer, mas é hora de esvaziar o stock. Venha o 2011!
A edição de Fevereiro é dominada pelos melhores de 2011. Enquanto folheava as páginas que mostravam os vinhos destacados senti ter nas mãos um guia de vinhos low cost. Temos a excelência, os melhores por região e as boas compras, ou seja, opções para todos os momentos e carteiras. Não terá a mesma informação nas boas compras, mas já sabemos que low cost tem algumas diferenças. Assim, foi mais uma edição de leitura voraz e especialmente interessante para quem não compra a revista todos os meses - fica com um resumo das melhores provas de 2011. Claro que a RV é mais do que os painéis de prova...
Das páginas que ficaram, destacaram-se:
- Painel Tintos 2002, estou a juntar-me ao clube dos apreciadores de vinhos menos jovens. Têm muito para nos dar, haja vontade e abertura de espírito para receber. Aqui vemos como quase 10 anos após a colheita grandes vinhos ainda são grandes vinhos, outros já passaram o seu melhor e outros têm anos pela frente;
- Cabidela, afinal qual a origem de tão tradicional prato?
Porque Fevereiro não deixou de ter vinhos provados, juntei mais 8 sugestões.
Vinho | Duas Quintas |
Tipo / Ano | Tinto 2007 |
Castas | Touriga Franca (40%), Tinta Roriz (40%), Touriga Nacional (20%) |
Região | Douro DOC |
Produtor | Adriano Ramos Pinto, S.A. |
Aspecto | Rubi |
Nariz | Fruta preta, floral |
Boca | Encorpado, acidez média taninos polidos. Intenso e saboroso, o seu corpo carnudo confere-lhe suavidade, que acompanha a fruta e o floral na boca. Final médio com boa persistência. |
Nota | 16 |
Data Prova | Março 2012 |
Preço |
Vinho com maceração e fermentação em inox, após o que 20% do lote estagia em cascos de carvalho francês, só após 18 meses é engarrafado. Nome forte do Douro, é um vinho que se destaca por ser quase mastigável. Alia qualidade a uma boa prova, o que deve ser salientado. Compra segura e de confiança, fica sempre bem na mesa.
A capa da edição de Fevereiro destacou a entrevista a Abel Barros Baptista e Ricardo Araújo Pereira, no entanto, quem marca esta edição é Fernando Assis Pacheco. Não conheci, não li, mas após contactar com tudo o que esta edição contém sobre ele até parece. João Pombeiro realça que conquistou os diversos cronistas da LER, ainda acrescentaria que tocou pessoalmente muitos deles. O que se conclui é que literatura e indivíduo não têm uma existência autónoma, tudo se funde numa personalidade capaz de tocar as pessoas à sua volta, pelo convívio e pela poesia. Excelente.
Nem me apetece escrever mais nada antes dos destaques, para deixar os holofotes todos no primeiro parágrafo, mas não posso deixar de referir que foi mais uma enorme edição da LER, com diversas peças excepcionais, que destacarei de seguida:
- Entrevista ABB / RAP: muito interessante termos um crítico literário e um humorista a falarem de humor todos os meses. Na entrevista mostraram que também há trabalho e reflexão nesta área, além de ficarmos a saber que “...em princípio rimos todos da mesma coisa.”. Humoristas ou não;
- Eduardo Lourenço: de repente descobrimos que o expoente dos intelectuais Portugueses também teve o seu momento de romancista. Foi objecto de conversa animada na primeira mesa do Correntes d'Escritas 2012;
- Harold Bloom: Nunca o li, mas tenho uma curiosidade latente. Ao abordar o artigo pensei poder adicionar alguma informação que incentivasse a ocupar algum do pouco e precioso tempo a ler H.B.. Rogério Casanova reconhece a influência do “Presidente do Cânone”, mostra-nos a tendência de Bloom para hierarquizar autores e termina com uma alegoria bélica em que as suas explosões são tremendas, mas duvida que tenha atingido algo tangível. É o crítico mais famoso do mundo, mas não se aproveita quase nada. Hummmmm...;
- Charles Dickens: Para se ficar mesmo a saber mais sobre um escritor incontornável;
- Agatha Christie: O que nos é revelado da autobiografia agora publicada só nos pode provocar uma coisa: inveja (pelo menos a quem não teve a mesma experiência). Infância feliz, vivia num limbo ocioso sustentado pelo dinheiro do avô e um verdadeiro lema: “não acredito que a necessidade aguce o engenho. O engenho...deriva diretamente da ociosidade, talvez da perguiça”, citação de citação. Revelador.
Recolhi 3 sugestões: O Hobbit, de J.R.R. Tolkien na Estante Digital; Biografia de Steve Jobs, por Walter Isaacson, Memórias da II Guerra Mundial, de Winston Churchill.
Eles andam aí... As prateleiras já apresentam um novo número nas garrafas de vinho: 2011. A curiosidade comprou 2 garrafas lá para casa, Casal do Cerrado e Quinta da Alorna, mas a curiosidade não chega. A verdade é que a vontade de consumir brancos não acompanha o aumento dos apelos com origem nas prateleiras. Preciso de mais uns graus de temperatura meteorológica - ainda vou trabalhar de sobretudo vestido – para o peso deste tipo de vinho ganhar nova dimensão no meu consumo. Sublinho que sou adepto de brancos, nunca paro de os beber, como nunca deixo de beber tintos (harmonização oblige), mas reconheçamos a sazonalidade do consumo. Espreitei os frágeis apontamentos do Alorna 2010 e encontrei o adjectivo refrescante. Nesta altura conseguimos reconhecer a frescura de um vinho, mas sentiremos o que alguns brancos têm para nos proporcionar, como serem refrescantes? E será que mais umas semanas de garrafa têm um contributo positivo para dar à bebida? Nada como experimentar, claro... Já será altura para beber os famosos leves, frescos e frutados?
Para mim ainda não é hora, mas falta pouco... A hora é de chover, mas não passa de um mero impotente desejo.
Vinho | Quinta da Alorna |
Tipo / Ano | Branco 2011 |
Castas | Arinto, Fernão Pires |
Região | Regional Tejo |
Produtor | Quinta da Alorna |
Aspecto | Esverdeado |
Nariz | Frutos tropicais, ligeiro vegetal |
Boca | Boa acidez, corpo médio. É um vinho sincero, fresco e tropical, que cumpre o objectivo da sua existência. O adocicado ganha algum protagonismo, conferindo um toque a banana, até ao final médio, fresco e frutado. |
Nota | 15 |
Data Prova | Março 2012 |
Preço | €2,99, Pingo Doce |
Alguém decidiu que o fim-de-semana de 3 e 4 de Março seria passado em Óbidos, para boicotar eventuais regimes de perda de peso e usufruir do prazer único do chocolate. Grupo médio, casa arrendada, jantar de sábado caseiro, repasto simples e rápido: frango. OK, o que levar para beber? Os brancos estão a ganhar preferência na harmonização com carnes brancas (brancas, logo brancos?), por isso a altura de dar seguimento à piscadela de olho do Quinta da Alorna 2011 tinha chegado. E esteve bem, claro. Poderá ser interessante adicionar uma nota de comparação com o de 2010: o mais novo parece-me um pouco mais doce e com mais corpo, mas a memória pode ser traiçoeira. Quem quiser um vinho bem feito, agradável e consensual tem aqui uma boa opção, ao alcance de quaisquer €2,99 num hiper. Boa compra.
Vinho | Quinta Gradil – Touriga & Tannat |
Tipo / Ano | Tinto 2009 |
Castas | Touriga Nacional, Tannat |
Região | Regional Lisboa |
Produtor | Quinta do Gradil |
Aspecto | Retinto |
Nariz | Intensidade média, perfumado, frutado, floral, nuances madeira |
Boca | Corpo médio, taninos um pouco adstringentes, boa acidez. Mostra-se fresco, estruturado e saboroso na boca, seguindo o perfil do nariz. Cativa e desperta curiosidade pelo perfil diferente da maioria dos tintos nacionais. Final médio, seco, com a ligeira adstringência dos taninos a mostrar-se. |
Nota | 16 |
Data Prova | Fevereiro 2012 |
Preço | €6,00 com a Revista Vinhos |
Prova RV | Original combinação de duas castas, o vinho apresenta-se muito concentrado na cor e no aroma, austero e fechado, descobrindo depois notas de bagas maceradas, um muito leve floral típico da Touriga. A boca é ampla e vigorosa, com os taninos firmes e a acidez muito viva e fresca da Tannat. É um vinho de guarda, muito gastronómico, indicado para pratos gordos ou bem temperados |
Um vinho muito interessante pelo seu perfil diferente nos aromas e sabores. De uma forma inesperada lembra-nos........ verde tinto (opinião de 2 provadores). Com uma estrutura de taninos que se destaca e uma acidez acima da média, dá indícios de longevidade. Gostei muito.