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Vinho | Evidência |
Tipo / Ano | Tinto 2007 |
Castas | Touriga Nacional, Tinta Roriz |
Região | Dão |
Produtor | Parras vinhos |
Aspecto | Rubi |
Nariz | Frutos vermelhos maduros, Floral |
Boca | Corpo médio, taninos redondos, boa acidez. Não muito denso na boca, proporciona prova fácil e prazerosa, com ligeira sucrosidade. Final médio, com frutos bem maduros a confirmarem o carácter bem agradável. |
Nota | 15 |
Data Prova | Outubro 2011 |
Preço | €3,99, Continente |
Um vinho fácil de beber, mas que não perde qualidade por isso. Consensual e agradável, é adequado para uma mesa de convivas com gostos diversos. Bem feito, relação qualidade/preço equilibrada. Gostei.
Vinho | Samorapetra |
Tipo / Ano | Branco 2010 |
Castas | |
Região | Santorini, Grécia |
Produtor | |
Aspecto | Límpido, amarelo palha |
Nariz | Frutos tropicais, fruta branca, fumo, mineral |
Boca | Corpo médio, acidez média. Presença agradável com frescura que realça a fruta, sente-se a densidade média do vinho. No final médio, o carácter mineral volta a mostrar-se, bem como os 13% de álcool, mantendo a suavidade |
Nota | 15,5 |
Data Prova | Outubro 2011 |
Preço |
Quando o nosso grupo de conspiradores do vinho inclui familiares, estamos sujeitos a que algumas coisas interessantes ocorram. O que pode acontecer quando um deles vai de lua-de-mel para a Grécia? Corremos o risco que nos traga uma garrafa local. Estamos, então, perante um vinho de Santorini. Bem agradável, sem ser entusiasmante, mostra que por ali se fazem bons vinhos. Agradável, com boa frescura, destaca-se pelo seu carácter mineral e fumado, admito que fruto do solo vulcânico desta ilha. É um bom cartão de visita, que deixa uma predisposição muito favorável a outros vinhos Gregos.
Há várias formas de aprender e evoluir, mas o contacto com quem sabe mais do que nós é das fórmulas de maior sucesso e mais utilizadas na história da humanidade. Foi, então, com naturalidade que decidi fazer um exercício comparativo entre as minhas impressões e as notas de prova que acompanham os vinhos que a Revista de Vinhos nos disponibiliza por €6,00 e que acompanham cada edição. O carácter masoquista deste exercício ofusca, tal a forma como luzes de néon fluorescentes o destacam, mas também a humildade é essencial ao desenvolvimento. No entanto, neste mundo do vinho não faltam motivos para justificar eventuais discrepâncias: a temperatura, os copos, a data de prova (com impacto na evolução do vinho), as viagens da garrafa, as condições de transporte e armazenamento, o nosso estado de espírito, etc... Optei por provar umas semanas após a compra, altura em que as notas de prova estão menos presentes na memória e apenas comparar após escrever as minhas próprias impressões. É uma abordagem possível; poderia optar por beber com a revista à frente e enriquecer a minha prova com as dicas dos especialistas, mas preferi este caminho. E vou segui-lo de forma determinada, sem cair em tentações, porque se há alguém que tem a ganhar com isso sou eu próprio. Pelo menos, assim o espero.
Vinho | Foral de Montemor |
Tipo / Ano | Tinto 2008 |
Castas | Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Petit Verdot, Cabernet Sauvignon, Syrah |
Região | Reg. Alentejano |
Produtor | Soc. Agrícola Gabriel Dias & Irmãos |
Aspecto | Rubi bem fechado, bordo violáceo |
Nariz | Frutos vermelhos e pretos, especiarias, madeira ligeira |
Boca | Corpo e acidez médios, taninos redondos. Madeira bem integrada, seco, mostra alguma personalidade até ao final médio, com o perfil do nariz e boa secura |
Nota | 16 |
Data Prova | Outubro 2011 |
Preço | €6,00, Revista Vinhos |
Nota de prova da Revista de Vinhos: Muito fruto exuberante com notas expressivas de amoras e framboesas. Na boca firme revela corpo médio, taninos polidos mas presentes, boas notas vegetais a dar garra ao final fresco. Uma óptima companhia para os grelhados do final do verão.
Um vinho bem agradável, já que tem uma presença de boca nada pesada, mas sem perder qualidade ou personalidade. Gostei, muito bom.
Vinho | Meandro do Vale Meão |
Tipo / Ano | Tinto 2009 |
Castas | Touriga Nacional (35%), Touriga Franca (30%), Tinta Roriz (25%), Tinta Barroca (5%), Sousão (5%) |
Região | Douro |
Produtor | Quinta do Vale Meão |
Aspecto | Rubi, muito concentrado |
Nariz | Intenso, frutos vermelhos, floral, baunilha |
Boca | Encorpado, taninos polidos, acidez média. Na boca mostra-se amplo, denso, carnudo e estruturado, suave e redondo. Final longo e persistente, com fruta gulosa. |
Nota | 17 |
Data Prova | Outubro 2011 |
Preço | €8,99, Continente |
Este vinho tem ADN Douro e mostra-o sem qualquer pudor. Destaca-se um belo corpo, que transporta aromas e sabores que nada ficam atrás. Pede mesa, onde faz grande companhia. Muito bom, muito bem feito, gostei. Boa relação qualidade/preço, vale o que se paga por ele e não é fácil encontrar vinhos com esta qualidade a este preço.
A leitura da Wine de Setembro despertou sentimentos variados. Em geral, proporciona uma leitura descontraída e prazerosa a quem gosta de vinho e gastronomia, mas, pelo meio, houve momentos especialmente interessantes, bem como outros bem desafiantes, face à dimensão da peça. Continua em boa forma e a apresentar conteúdos apelativos, além de, este mês, a selecção de vinhos apresentar propostas muito tentadoras.
Passemos, então, aos destaques:
- Castas Portuguesas, Tália;
- Harmonizações, desta vez, Manuel Moreira partilha algumas sugestões para ultrapassarmos harmonizações tradicionalmente complicadas: ovos, sal, vinagre ou chocolate não ficam sem a devida companhia;
- Gastronomia Molecular, para os lado de Espanha um mestre colocou esta abordagem nos píncaros. Por cá, o carácter também é científico e já chegou a mestrado;
- Milagre Português, é uma das minhas mais recentes paixões: vinhos generosos. Se os nossos vinhos DOC e de mesa são de grande nível, nos generosos a origem Portugal significa, com grande probabilidade, excelência. Entre os Madeira e Porto únicos no mundo e Moscatéis que estão entre os melhores, só temos a ganhar em saber mais e valorizar estes nossos tesouros vínicos.
- Áustria, mais um país a apostar no vinho, com boas oportunidades de enoturismo. Os interessados podem encontrar uma reportagem exaustiva;
- Quinta do Vesúvio, de D. Antónia Ferreira até à actual família Symington, o vinhos desta quinta foram e são de qualidade superior. Uma marca de referência e uma vertical de nos deixar de água na boca.
As sugestões adicionadas à lista de compras foram 5, mas com alta qualidade dentro de preços razoáveis. Boa colheita.
O terceiro almoço da LER, segundo no norte do país, realizou-se em 15 de Outubro de 2011, em Guimarães. Foi escolhido o belo Centro Cultural de Vila Flor, que encantou pelo seu edifício centenário, o relvado que acolheu os convivas na fase final do evento e a refeição bem agradável que o seu restaurante nos proporcionou.
A conjuntura não estava fácil: a crise cada vez mais enraizada e o Governo a anunciar novas medidas de austeridade, que incluem um corte muito doloroso nos rendimentos dos funcionários públicos em 2012-2013, através da supressão dos subsídios de férias e de Natal. No entanto, as presenças não sofreram muito com isso e as 3 dezenas dos anteriores repetiram-se.
Depois da participação no almoço do Porto, no magnífico Palácio do Freixo, este almoço tinha 2 atractivos: por um lado, poderia contar com a companhia da minha esposa; por outro, era uma oportunidade para rever algumas caras.
O balanço foi claramente positivo: ambiente descontraído, conversas fluidas, espaço bonito e boa comida foram ingredientes perfeitos para tal. Mas não ficamos por aqui. A nossa estimada LER não nos deixou voltar para casa com as mãos vazias e um sorteio de livros fez aparecer uma recordação deste dia. Como cereja em cima do bolo, de Lisboa vieram os Guta Naki, que contribuíram com um momento musical muito agradável, que incluiu temas do seu disco recém-lançado e algumas canções actualmente no laboratório.
Parabéns e obrigado à LER, bem como muita força para não deixar cair estes momentos de convívio deveras estimulantes. Nós acompanharemos o mais possível.
Vinho | Curva Reserva |
Tipo / Ano | Branco 2008 |
Castas | Viosinho, Fernão Pires |
Região | Douro DOC |
Produtor | Burmester |
Aspecto | Amarelo Dourado |
Nariz | Intenso e complexo, profundamente mineral, petróleo e ainda um resto de fruta muito madura (alperce). |
Boca | Corpo médio, acidez média. Mantém-se agradável na boca, com cremosidade e mineralidade, até um final longo e prolongado |
Nota | 16,5 |
Data Prova | Outubro 2011 |
Preço | €7,20, Garrafeira Nacional |
A garrafa provada foi aberta no momento certo. Com sinais claros de evolução, encontra-se já com um perfil de degustação destinado a quem procura algo diferente e goste de apreciar os aromas fora do comum dos vinhos mais evoluídos. Gostei.
Vinho | Cabriz Encruzado |
Tipo / Ano | Branco 2010 |
Castas | Encruzado |
Região | Dão |
Produtor | Dão Sul |
Aspecto | Amarelo |
Nariz | Delicado, fruta branca e mineral |
Boca | Encorpado, acidez média. O seu corpo cremoso e sedoso, envolvente e sedutor domina a prova de boca, até ao final elegante, longo, de prolongamento médio, com fruta e mineralidade. |
Nota | 16,5 |
Data Prova | Setembro 2011 |
Preço | €6,60, Garrafeira Nacional |
Face às diversas opiniões muito positivas sobre este néctar, com alguma naturalidade procurei-o e comprei. Aconteceu no meio do verão e deixei-o a descansar um pouco, para quando a meteorologia convidasse a brancos mais complexos do que leves e frescos. Neste Setembro atípico, surgiu um convite para um jantar restrito com um parceiro desta aventura de descoberta dos prazeres vínicos e uma convidada “especial” que não despreza nada uma boa prova. Sendo o prato principal um arroz de tamboril, o Eureka apenas durou alguns segundos.
Este encruzado entra com pezinhos de lã na boca, mostra a sua cremosidade e conquista-nos rapidamente. Tudo nele é elegante, delicado e sedutor, a parte difícil é mesmo parar de beber. Nesta fase, não tem a complexidade tão valorizada pela crítica, mas em termos de prazer de prova já está em muito bom nível. Boa relação qualidade/preço, compra muito recomendável.
Vinho | Quinta da Rede |
Tipo / Ano | Tinto 2008 |
Castas | Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional |
Região | Douro DOC |
Produtor | Quinta da Rede |
Aspecto | Rubi fechado |
Nariz | Frutos vermelhos maduros, floral, alguma madeira e especiarias |
Boca | Corpo médio, acidez média, taninos redondos. Vinho com algum corpo e boa estrutura de taninos, é suave na boca, onde o floral confere uma presença muito agradável. Termina bem, com suavidade. |
Nota | 16 |
Data Prova | Setembro 2011 |
Preço | €5,60, Garrafeira das Artes |
Vinho bem desenhado e muito agradável de beber. Caracteriza-se por uma boa suavidade e presença sedutora na boca. Boa relação qualidade/preço, boa compra.
Vinho | Beaujolais Noveau |
Tipo / Ano | Tinto 2010 |
Castas | Gamay |
Região | ABC, França |
Produtor | Brochard Père & Fils |
Aspecto | Vermelho |
Nariz | Morangos bem docinhos (em rebuçado ou pastilha elástica) |
Boca | Corpo ligeiro, boa acidez, taninos finos. Essencialmente leve, suave e adocicado, no entanto, tem acidez que equilibra, tornando-o muito agradável. Final médio, com os morangos mostrados no nariz |
Nota | 14,5 |
Data Prova | Setembro 2011 |
Preço | €9,00, Garrafeira do Joffre |
Beaujolais tem fama mundial com o seu vinho de primeur Beaujolais Noveau. É um vinho lançado na terceira quinta-feira de Novembro, portanto, nada de estágios e outras técnicas da enologia. O resultado é o mundo suspenso e 70 milhões de garrafas no mercado (cerca de 50% para exportação) de um vinho leve, frutado, fácil de beber e que pode ser servido refrescado.
A primeira vez que o bebi, por intermédio de um amigo, foi a título de curiosidade, com o objectivo de apresentar algo de específico, fora do comum. Se está longe de apresentar argumentos para obter grandes pontuações da crítica especializada, já no consumidor a receptividade é bem diferente. Associei-o a um perfil feminino e comprei uma garrafa, que acabou por ser aberta num mini-jantar de família. Revelou-se uma boa aposta, com o sector feminino a aprovar a bebida, o que nos tintos nem sempre é fácil. Leve, docinho e agradável, é um vinho diferente que também tem o seu espaço. Interessante para enófilos, pode despertar algumas paixões. O preço é que não é particularmente convidativo...
Vinho | Poças 10 anos |
Tipo / Ano | Porto Tawny |
Castas | |
Região | Douro |
Produtor | Manoel D Poças Jr. |
Aspecto | Telha caramelizado |
Nariz | Frutos secos (nozes), químicos, marmelada e geleia |
Boca | Corpo untuoso, com cremosidade e acidez média. Termina longo e prolongado, no entanto, o equilíbrio não é perfeito. |
Nota | 17 |
Data Prova | Setembro 2011 |
Preço | Solar do Vinho Porto, a copo |
A cidade do Porto tem uma sala de visitas única para o Vinho do Porto. Bem perto do Pavilhão Rosa Mota (mais conhecido por Palácio de Cristal) temos um wine bar, Solar do Vinho do Porto, que nos serve uma gama bem interessante de Vinhos do Porto a copo: branco, Colheitas, Tawny 10, 20, 30 e 40 anos, LBV e Vintages, entre €2,00 e €10,00. Também podemos experimentar vinhos Douro DOC, no entanto, o Vinho do Porto é o coração deste local. Com mesas interiores e outras em esplanada integrada num jardim, bem como um bela vista para o Rio Douro, é um encanto desgustar esta mítica bebida Portuguesa, única no mundo, em tal enquadramento físico. É um local de passagem obrigatória para enófilos e de culto para apreciadores deste tipo de bebida. As minhas visitas têm-se limitado a uma por mês, mas já começam a atingir o estatuto de ritual.
Voltando à prova, este tawny é muito bom, com complexidade e aroma bem interessante. O início foi um pouco mais difícil, dado o peso do álcool inerente a estes belos generosos, mas o cálice acabou por ficar curto quando a geleia e a marmelada se mostraram. É um tawny 10 anos muito bom, gostei muito.
Vinho | Bafarela Colheita |
Tipo / Ano | Tinto 2009 |
Castas | Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca |
Região | Douro DOC |
Produtor | Brites e Aguiar |
Aspecto | Violáceo |
Nariz | Delicado, com frutos vermelhos maduros (framboesas) |
Boca | Corpo médio, boa acidez, taninos redondos. Suave, equilibrado, com concentração média. Final curto, mas médio na duração |
Nota | 15 |
Data Prova | Setembro 2011 |
Preço | €5,00, Garrafeira das Artes |
Bafarela é mais um vinho do Douro de que tenho boa impressão. Este colheita é a versão sem estágio em madeira e apresenta-se em boa forma. A primeira coisa a fazer é dar-lhe uma boa meia-hora para respirar, após a qual nos mostra a suavidade e delicadeza de aromas e sabores. É um vinho muito agradável, com tudo já bem casado. Relação qualidade/preço equilibrada, embora admita ser possível encontrar mais barato.