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Vinho | CARM Códega Larinho |
Tipo / Ano | Branco 2009 |
Castas | Códega Larinho |
Região | Douro DOC |
Produtor | Casa Agrícola Roboredo Madeira |
Aspecto | Límpido, amarelo |
Nariz | Complexo e vincado, floral e frutos tropicais. Por breves momentos, maracujá |
Boca | Bom corpo untuoso, acidez média, equilibrado, acompanha o nariz com destaque para o floral. Termina bem longo, com ligeira secura |
Data Prova | Fevereiro 2011 |
Nota | 16,5 |
Preço | Ronda os €8,00 |
Um vinho que nos conquista pelo seu perfil fora do vulgar. Altamente recomendável, por ser uma bebida muito agradável, mas também por ser um caso, que me parece raro, de um estreme de Códega Larinho. Com um pouco mais de acidez...
Está de parabéns a nossa estimada revista LER, atingiu 100 edições. Para percebermos a dimensão deste feito basta lermos alguns dos cronistas e fica claro até que ponto se trata de um acontecimento raro e assinalável.
Num número dominado pelo 100, os artigos 100 capas, 100 livros, 100 figuras ou até 100 ideias para o futuro constituíram a espinha dorsal, além das sempre interessantes crónicas dos diversos colaboradores da LER. Como leitor, apenas, da actual encarnação da LER, dois destes grupos de 100 foram particularmente agradáveis: 100 livros, que me fez chegar opiniões publicadas em períodos anteriores, e, especialmente, 100 figuras, que juntou caras a uma base de dados que, em alguns casos, apenas dispunha de nomes. Em geral, acabou por proporcionar um jogo interessante: tentar identificar conteúdos de revistas que já tinha lido.
A capa da revista deixava água na boca: entrevista com George Steiner e o ensaio de Harold Bloom. Se o ensaio foi interessante, a entrevista é algo difícil de descrever. Contactar com a profundidade de George Steiner é um privilégio raro que a LER nos proporcionou. Destaco algumas ideias e citações simples, mas de grande impacto:
a) A literatura é impotente, quando o homem deixa de ser homem, como no gulag, Auschwitz… (…) A ficção falha quando tenta lidar com o mais inumano do homem…
b) 3 condições para ler: 1 – silêncio (os jovens têm medo do silêncio e actualmente é caro – os apartamentos não oferecem silencio, quando se houve tudo o que se passa na casa do vizinho); 2 – saber passagens de cor (ninguém nos pode tirar o que sabemos de cor, mas saber de cor com o coração, não com a cabeça); 3 – Privacidade (nesta altura não existe, tudo se confessa e de forma imediata)
c) 2 aspectos tornam impossível qualquer negociação com Islão: tratamento da mulher e a recusa da ciência. Cita Malraux que prevê o Séc. XXI como o século da guerras relgiosas
Enfim, mais haveria, mas não posso abusar na publicação de conteúdos que não me pertencem. De qualquer forma, não podia deixar de exemplificar o que provocou a classificação da entrevista como a minha peça preferida desta edição da LER.
Para concluir, renovados parabéns à LER e uma pequena profanação: Venham mais 100.
Foi uma edição de alto risco. Um guia de restaurantes e bares do Porto, da página 56 à 124, é uma opção de coragem. À primeira vista, a interpretação que ocorre é: em mês de Essência do Vinho houve necessidade de gerir recursos e com um trabalho que pode ser feito com antecedência ocupou-se bastante espaço na revista. Ao mesmo tempo, serve de guia aos visitantes dos 3 dias de E.V. No que me diz respeito, a aposta foi ganha. Esta edição vai ficar bem acessível e prevejo várias consultas no futuro. Ainda há outro aspecto a destacar: este guia custa apenas €3,95.
Mas a Wine não fica pela restauração no Porto, outra peças agradaram particularmente:
- Castas Portuguesas, vai estar sempre aqui. Desta vez, Rabo de Ovelha;
- Tribute to Claudia, simplesmente por ser uma reportagem muito bem feita;
- Caves S. João, só as fotos despertam vontade de passar por lá. Quando adicionamos a descrição, uma invejável prova vertical e as respectivas classificações ficamos rendidos;
No final, mesmo numa edição atípica, ainda adicionei 10 vinhos à minha lista de compras prováveis (nota mínima 16 e preço máximo €10,00 - €12,00).
A edição de Março tinha como grande destaque de capa os tintos do Tejo, região com esta designação há dois anos, antes Ribatejo, cuja alteração se terá pretendido associar a uma nova dinâmica.
Em termos de conteúdos, os que se destacaram foram:
- Quinta dos Murças, pela abordagem de um grande produtor Alentejano no Douro, as características do local e pelos vinhos, que prometem;
- Tintos do Tejo, estes painéis transversais são uma bela promoção da região eleita, já que fornece ao leitor uma visão alargada dos produtores presentes, bem como belas pistas sobre os topos de gama e algumas boas compras (relação qualidade/preço). Anotei diversos vinhos apresentados para compra potencial;
- Moscatel, este artigo é verdadeiro serviço público à divulgação da casta. Conteúdos mais pedagógicos logo no início, complementados por um belo painel carregadinho de boas compras. Muito bom;
- Quinta da Avessada, o texto exala uma paixão contagiante em todas as frases. Haverá algum leitor que não tenha ficado desejoso de passar por lá? Belo contributo para o enoturismo e certamente elogios bem merecidos para quem a fez existir;
- Álvaro Castro, apenas porque não lhe conhecia o percurso e algumas das histórias lá contadas.
Para o final o mais importante, o fim último, a promoção do consumo (moderado, claro) do vinho. O que compraria? Este mês, a RV bateu o record de contributos para a minha lista de vinhos a comprar, dentro do critério de nota mínima 16 e preço máximo €10,00 - €12,00: 20. Se os encontrasse todos teria vinho de qualidade para 6 meses.
Nasce mais um blog na internet… Escreve-se mais um post incial… E o que se escreve num post inicial? Certamente o motivo da criação do blog e o que se pretende fazer, ou seja, a proposição (assim mesmo, à Lusíadas).
Este espaço tem um objectivo muito simples e claro: servir de repositório para momentos que eu queira guardar sob a forma escrita. Mas não tenho interesse num diário ou similar; a motivação para este espaço virtual é uma necessidade (mais do que mera vontade) de materializar sensações e/ou reflexões. Somos seres pensantes e eu cultivo a reflexão há muitos anos (aquela que está ao meu alcance, claro), pelo que a escrita surge como o meio natural para “dar vida” tudo o que se passa na nossa cabeça. Não no sentido catártico pontualmente envolvido em processos de escrita literária, mas simplesmente para mais tarde recordar.
Os temas mais frequentes serão leituras (livros e revistas) e vinhos e é importante realçar que não há qualquer aspiração a fazer crítica, mas apenas registar as ditas sensações/reflexões que aqueles momentos originaram.
A primeira história é a da escolha do nome, momenta. Passei por várias hipóteses e uma quase foi escolhida, barricardo, no entanto, havia coisas parecidas e achei um pouco redutor. Estava a pensar à volta de reflexões, sensações (sensações em barrica foi outra hipótese), mas quando cheguei a momentos achei que era isso. E entre alternativas vedadas e variações diversas ficou momenta que o Google traduz como “os momentos de”. Era preciso mais?