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Cerca de 40 graus, uma piscina e uma garrafa de vinho. Nesse momento tudo encaixou, este vinho foi exatamente o que era preciso. Poderemos desenvolver outros aspetos, mas este rosé marcou o verão de 2023, porque naquele fim de tarde refrescou, soube bem, enquadrou-se perfeitamente com o momento. No meio de tudo isto, é essa sensação que me fez escrever este post, porque foi intensa, muito boa e pouco frequente.
Nesse momento, a elevada acidez foi refrescante como pretendido, as framboesas e as groselhas mostraram-se muito bem e o prazer de prova esteve nos píncaros. E pronto...
Percorria calmamente a prateleira de um hipermercado a escolher um vinho para um almoço em família e peguei neste Vallegre. Chamou a minha atenção, porque tem estágio de 18 meses em barrica e o preço estava à volta dos €11,00. Bem abaixo da média deste segmento, portanto, veio comigo.
E mostrou-se uma decisão em acertada, com todos os predicados esperados e muito prazer na prova. Boa compra, que adicionou um belo vinho a um momento em família.
Um misto de saudosismo e curiosidade levou-me a pegar nesta garrafa e desembolsar uns Euros.
Saudosismo, porque nos meus inícios neste mundo do vinho este CARM Reserva estava a passar uma fase de grande notoriedade - já na altura fruto de prémios em concursos internacionais.
Curiosidade para saber como estaria o perfil atual e o que o meu gosto nesta fase teria a dizer. O preço estava com promoção e pareceu-me que €12,50 para um vinho com 18 meses de barrica era potencialmente uma boa compra.
Deixando a história de lado, gostei muito do vinho. Belíssimo nariz, que me encantou desde o início. Começou com maior intensidade em aromas da madeira e florais da Touriga Franca, mas ao longo da refeição ficou tudo mais harmonioso, com alguns toques frutados, especiados e tostados a juntarem-se. Boca suave, tudo redondo e com bom comprimento. Uvas de qualidade, bem tratadas na adega, dão origem a um vinho que dá muito prazer beber. Nesta fase, decantar parece-me ser uma boa opção.
Há umas semanas comprei este vinho numa promoção, até aí nada de interessante. Entretanto, entre amigos do vinho surgiu uma troca de impressões sobre vinhos monovarietais. Em resumo, refletimos no custo elevado associado a vinhos monovarietais que consigam: 1 - proporcionar prazer na prova a consumidores mais exigentes; e 2 - ter o caráter pedagógico de mostrar as características da casta.
A escolha deste vinho resultou de dois fatores. O primeiro foi identificado acima. O segundo resultou da situação que se vive na Ucrânia nestes dias. O nosso lado filosófico, introspetivo, ganha protagonismo reforçado neste períodos em que pessoam estão a morrer. A reflexão de que tudo pode mudar de um dia para o outro gerou a questão: esperar para quê? E a questão ficou sem resposta... E a garrafa foi aberta... E acompanhou um feliz almoço em família (aproveitar enquanto se pode)...
E o vinho? Uma delícia. Uma masterclass da Touriga Nacional no Douro. O seu lado floral, com alguns tostados muito agradáveis, destaca-se no nariz. Suave e com boa sensação de frescura na boca, termina longo. Um belíssimo vinho. Prazer e pedagogia numa garrafa.
Comprei este vinho na loja do produtor, em Estremoz. Sou fã de Touriga Nacional e não resisti. Esteve uns meses a descansar, à espera da sua hora, que acabou por chegar neste início de 2022. Numa próxima visita trarei o seu comparsa syrah.
Normalmente, reservo os primeiros meses do ano, mais frios, para beber vinhos alentejanos (enfim, cada um tem as suas manias). Perante um almoço com um dos meus pratos favoritos - Cozido à Portuguesa - a escolha vínica tinha que ser de qualidade superior. Foi o momento certo para atacar este vinho.
Foi ótimo. No inicio, em termos aromáticos, boa intensidade de fruta, notas de barrica e algum mineral. Com o arejamento, a fruta manteve-se sempre, mas o toque floral da Touriga apareceu. Foi uma agradável surpresa, porque corresponde a um perfil que quase só provei em vinhos do Dão. Na boca, grande intensidade de sabor, volume e final longo. Nota curiosa para os taninos: nem senti. Um vinho aveludado, de grande prazer na prova e a mostrar a casta.
Um prato magnífico e um vinho de excelência só podem criar uma memória que queremos preservar.
Hoje bebo sozinho e não gosto disso. Mas a opção era entre beber sozinho ou não beber. No final, o gosto pelo vinho falou mais alto - algo que poucas vezes acontece. O dia está calmo, não tenho agenda social ou familiar a cumprir, o almoço era simples e rápido. Vários fatores se conjugaram para abrir uma garrafa.
Já que é assim, que garrafa escolher? Bom, se calhar uma menos consensual. Daquelas que mesmo com companhia poderia não agradar por a todos. E pronto, lá foi um Alentejano 2004, zona de Vila Viçosa, feito de Alicante Bouschet, Syrah e Touriga Nacional e estagiado em barrica.
A cor ainda mostrava muito granado, mas com notórios tons alaranjados. Nariz encantador, com vários aromas terciários a desfilar. Na boca ainda mostra volume e textura, mas tudo polido, sedoso. Sensação de frescura bem agradável. Culmina num saboroso, longo e persistente final.
Saberia ainda melhor se acompanhado, mas que foi um belo momento, foi. Até despertou a vontade de escrever umas linhas - algo que também poucas vezes acontece.
Há vários motivos para se beber um vinho. Por vezes, é emocional.
A manhã de hoje começou num velório, a dar um abraço a um amigo que perdeu um familiar. Uma amizade que inciou através de um interesse partilhado: vinho. Após 10 anos a passar juntos 4 Horas à Mesa por mês, o interesse comum evolui para uma amizade que não nos permite assistir de longe a estes momentos difíceis.
Essa ligação fez a escolha do vinho para o almoço de hoje. Um dos imensos vinhos que conheci através dele e um dos que se enquadrou com o meu gosto pessoal. E assim regressei ao Esporão Reserva branco, que há 10 anos atrás era um belo exemplo de vinho com madeira. Hoje continua a ser, para mim. A tendência atual iria facilmente apontar excesso de madeira, mas continuo a gostar dele e ter bastante prazer na prova.
Uma prova emocional, uma viagem no tempo, o regresso a um vinho de que gosto. Xi coração, Pedro...
Nome: Monte São Sebastião Reserva
Tipo: Tinto
Ano: 2017
Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca (vinha + 35 anos)
D.O.: Douro, Cima Corgo (Murça)
Estágio: Barricas carvalho francês
Cor granada. Aroma pouco intenso, com fruta preta e notas torradas. Muito bem na boca, com textura aveludada, alguns taninos polidos, boa frescura e final elegante.
Para os apreciadores das nuances aromáticas pode saber a pouco, mas na boca tem uma presença muito agradável (saboroso e suave). Muito bem à mesa, desliza pela garganta sem arestas ou componentes mais voláteis. Muito prazer na prova. Vale a pena decantar uns 30 minutos antes de beber. Gostei, custo €12,00 (maio 2021).
Estou a acabar esta garrafa, aberta ontem. Nos momentos da abertura encontrei um vinho bem suave, polido, com volume de boca (quase mastigável), muito intenso nos sabores e final longo. Pensei: sim, percebe-se o sucesso do Alentejo, este vinho é uma delícia, suave e saboroso. Os aromas estavam com um caráter mais especiado, algum couro, tostados e balsâmico.
Hoje, na primeira parte nada mudou, mas nos aromas e sabores chegou a fruta. Uma cereja irresistível, uma especiaria doce e algo a puxar-nos para o vinho do Porto. Um final muito longo e um prazer de prova enorme.
Alguém exterior ao mundo da degustação lê este texo e pensa de imediato "bebeu demais, o vinho subiu à cabeça e está a delirar"; mas os mais familiarizados conseguem perceber como momentos destes nos inspiram. Conseguem perceber o encanto deste desfile de aromas e sabores e, acima de tudo, o prazer de beber um vinho com estas características.
Name: Parallèle 45
Type: red
D.O. Côtes du Rhône
Grapes: Grenach, Syrah, Mourvèdre
Vintage: 2017
Um belo vinho francês, da região de Côtes du Rhône. Está com bastante força, com a fruta e as especiarias que caracterizam o perfil clássico da região. Destaca-se um claro toque apimentado na boca. Uma opção à volta dos €10,00 que dá bastante prazer a beber e mostra a região. Gostei muito.
Name: Quinta de Cidrô
Type: Red
Vintage: 2016
Grape: Touriga Nacional
D.O.: Douro, Cima Corgo
Este vinho vem da Quinta de Cidrô, localizada em São João da Pesqueira, margem esquerda do Rio Douro.
De cor granada, mostra-se algo fechado de aromas, como que a pedir que o procuremos em vez de mostrar ao que vem. Boa frescura na boca, tanino presente e redondo, intensidade média/alta, final médio.
Vinho enigmático, com potencial de evolução em garrafa e já bastante prazeroso. Voltei a pensar nele nos dias seguintes à prova, um vinho que não se esquece rapidamente.
Quem não tem curiosidade com as promoções dos hipers? Quando nos colocam 50% pela frente e o vinho custa €2,49 a perda não é grande, ao contrário da tentação. A expetativa é baixa, espero um vinho sem defeitos, fácil e agradável de beber.
A prova revela mesmo isso: o vinho cumpre. É equilibrado, fácil e agradável. Tem também uma suavidade interessante, que não "arranha" a garganta. Numa análise mais degustativa, pareceu-me encontrar aromas de fermentação e um perfil de fruta com alguma evolução. Dois pontos que sugerem alguma leveza na filtração, tal como alguma oxidação.
No final, vinho corresponde e não damos os €2,50 por mal empregues.
Com as castas brancas tradicionais do Dão (Encruzado, Bical, Malvasia-Fina), o vinho leva-nos lá, mostra características que associo ao Dão. Gostei, proporciona prazer a beber, com notas cítricas e até ligeira mineralidade, boa frescura e presença média na boca.
Compra que vale a pena ao preço de promoção, facilmente voltarei a comprar. Marca exclusiva Continente, penso eu.
Há eventos que nos servem como uma luva: um sábado (31/08), em Vila do Conde (minha terra natal), no restaurante onde participo em tantos jantares vínicos. Simplesmente perfeito.
Detalhes cedidos pela organização:
Diga adeus às férias de verão... de copo na mão!
A agenda de eventos de Lisboa já não dispensa a festa que celebra o fim das férias e o regresso à vida ativa. A Bye Bye Summer Wine Party já vai para a quinta edição, sempre no jardim do Lisbon Marriott Hotel, mas este ano há uma novidade: pela primeira vez a o evento realiza-se também a norte de Portugal, em Vila do Conde, no Villazur Restaurante & Tapas e em simultâneo na Capela de S. Sebastião, espaço que servirá de palco para verdadeiras “Provas à Capela”, vinhos especiais, apresentados pelos enólogos em solo sagrado do séc. XIV.
Fica triste só de pensar que as férias de verão estão a terminar? Anime-se! Esta festa é para si! Num só sítio estarão reunidos os vinhos de produtores selecionados de Portugal, petiscos perfeitos para acompanhar, música para dançar e um espaço atrativo para de tudo isto desfrutar. Na verdade, este ano são dois os espaços, em Vila do Conde e em Lisboa. Está a chegar a Bye Bye Summer Wine Party, evento coorganizado pela revista Paixão Pelo Vinho, pelo Villazur e Lisbon Marriott.
A festa vínica que celebra o final das férias de verão vai realizar-se, pela primeira vez, em Vila do Conde, no dia 31 de agosto, a partir das 18 e até às 23 horas. Apreciadores de vinhos e das coisas boas da vida vão reunir-se nas instalações do Villazur Restaurante & Tapas e na Capela de São Sebastião. O Villazur é um restaurante já bem conhecido por todos quantos apreciam a arte de bem viver, os sabores que pela simplicidade, identidade e delicadeza fazem percorrer quilómetros e chegar aquele sítio que a que se chama “casa” sem o ser. É um espaço com decoração cosmopolita e atrativa, perfeitamente integrada na paisagem onde está inserido e onde os elementos da natureza são privilegiados. A sala panorâmica do primeiro andar será dedicada aos produtores selecionados e às provas de vinhos, no piso de baixo, esplanada e rua circundante haverá espaços para sentar e desfrutar das deliciosas iguarias, que prometem acompanhar divinalmente os vinhos em prova, não vai faltar a música, a festa e muita animação. Mesmo ao lado está a Capela de S. Sebastião, espaço preservado que está em recuperação e servirá de palco sagrado para as provas de vinhos premium, apresentadas pelos enólogos e produtores, serão verdadeiras “Provas à Capela”, uma seguramente experiência memorável!
No dia 6 de setembro, das 18 às 23h00, é a vez de Lisboa receber a Bye Bye Summer Wine Party. O jardim do Lisbon Marriott Hotel será, pelo quinto ano consecutivo, o cenário escolhido para receber as cerca de 1500 pessoas esperadas, depois do grande sucesso da última edição da Hello Summer Wine Party. Para além dos mais de 200 vinhos em prova, haverá cocktails, petiscos e iguarias, porco no espeto, música e animação e, imagine, um espaço onde a única missão é: ganhar prémios! “Arrisque e ganhe” é a iniciativa patrocinada pela Enoport Wines com as marcas Faisão, Cabeça de Toiro e Lagosta. Há centenas de prémios para oferecer, basta arriscar e ganhar, quantas vezes quiser, até acabar!
Os bilhetes para a Bye Bye Summer Wine Party Vila do Conde e Lisboa já estão disponíveis através da Ticketline on-line e em todos locais habituais de venda de espetáculos como Fnac, Worten, El Corte Inglés, por exemplo. Em pré-venda o bilhete “Wine Party” tem um custo de 10€ e no dia do evento custará 15€, sempre com oferta do copo de prova. Em Vila do Conde para participar nas provas especiais “à Capela” terá de comprar o bilhete “Premium” que custa 15€ em pré-venda e 20€ no dia da festa, os lugares são limitados.
O evento este ano conta com o patrocínio da Adega de Favaios. Ao comprar antecipadamente o bilhete receberá, no check-in da festa vínica, uma garrafa de Favaíto, o delicioso Moscatel do Douro, companhia perfeita para assistir ao pôr-do-sol. Um evento assim, vai ser mesmo... “bonito, bonito”!
Prepare-se para dizer adeus às férias de verão... a brindar! A norte ou a sul, estará tudo preparado para uma grande e glamorosa festa, plena de irresistíveis sugestões vínicas, deliciosos petiscos, música, pessoas felizes e muitos brindes ao amor, à amizade e à partilha... Seja no Villazur Restaurante & Tapas ou no jardim do Lisbon Marriott Hotel, o encontro está marcado para as 18h00.
Name: Fagote Grande Reserva Vinhas Velhas
Type: Red
Vintage: 2012
Grapes: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinta Barroca
D.O.: Douro, Portugal
Ageing: 12 months french oak
Beautiful moment, smooth, wide array of aromas, still fresh and long. Loved it, all about pleasure.
Em grande forma, tudo polido, diversidade de aromas, ainda fresco e longo na boca. Está com um perfil que adoro: um toque torrado e especiado, polido e longo. Foi uma bela degustação, puro prazer.